Publicado em: 13/03/2019 às 10:13hs
Os preços da soja cedem na Bolsa de Chicago nesta manhã de quarta-feira (13). As cotações recuavam pouco mais de 2 pontos entre os principais contratos, por volta de 7h55 (horário de Brasília), depois de fecharam em queda no pregão anterior.
Ainda bastante técnico, o mercado se mantém total e completamente focado na guerra comercial entre China e Estados Unidos, na expectativa de um acordo entre os dois países. Porém, sem conhecer detalhes das negociações e o caminho que irão tomar, as especulações e as variações dos preços ainda permanecem frágeis.
"As incertezas permanecem e deixar os traders ainda às margens do mercado por enquanto", explica a consultoria internacional Allendale, Inc.
No paralelo, o mercado começa a dividir parte de sua atenção com as informações e perspectivas para a nova safra de grãos dos Estados Unidos. Até este momento, se espera por uma redução de área para a soja no país, com migração para milho e trigo, porém, questões climáticas e operacionais poderiam mudar as decisões dos produtores americanos.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja fecha em alta nesta 3ª em Chicago com possível melhora nas relações EUA x China
Em um dia que começou estável para o mercado internacional da soja, a mudança veio e as cotações da oleaginosa terminaram em campo positivo no pregão desta terça-feira (12) na Bolsa de Chicago. Os principais contratos terminaram os negócios subindo entre 6,75 e 7 pontos nos principais vencimentos.
Assim, o contrato maio/19 fechou com US$ 8,97 por bushel, enquanto o agosto foi a US$ 9,17. O mercado, como explicou o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, passou pelo movimento conhecido como "turnaround tuesday", ou "terça-feira da virada", com os traders conseguindo retomar boa parte das baixas observadas na sessão anterior.
As declarações do representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, nesta terça, de que as conversas entre China e EUA estão evoluindo serviu de combustível, ainda como explicou Sousa, para os ganhos na CBOT, em um mercado esvaziado de informações e que tem se agarrado a qualquer pequena novidade, mesmo cansado de rumores.
Segundo o representante da Casa Branca, com ou sem acordo as negociações estariam em suas semanas finais. "Nossa esperança é que estejamos nas semanas finais para um acordo", disse Lighthizer. "Se essas questões não forem resolvidas em favor dos Estados Unidos, não teremos um acordo", completou.
"Os olhos dos players estão voltados exclusivamente para isso (guerra comercial) e para as posições dos fundos, evidentemente", alerta o diretor da Labhoro. E aos poucos, o mercado começa a dividir suas atenções com as condições de clima e as primeiras perspectivas para a nova safra dos EUA, mas ainda de forma bastante tímida.
Preços no Brasil
As altas na Bolsa de Chicago foram neutralizadas no Brasil por uma nova baixa do dólar nesta terça. A moeda americana terminou o dia com queda de 0,66% e valendo R$ 3,81. Segundo especialistas, o otimismo frente à reforma da Previdência e o mercado externo com mais apetite ao risco - o que ajudou a puxar as commodities - foi o que pressionou a divisa.
"Esperamos que o dólar volte a 3,75 reais nos próximos poucos dias. Não há compradores de dólar nestes níveis. Também haverá um efeito secundário, uma vez que um real mais forte pode colocar um freio sobre um novo rali nas ações, então o real pode ser a melhor compra do momento", avaliou o chefe da mesa proprietária de um banco em São Paulo à Reuters.
Assim, no porto de Paranguá as cotações permaneceram estáveis com R$ 77,50 no disponível e R$ 77,50 para o mês seguinte. Em Rio Grande, as referências recuaram e perderam 0,92% no spot, que fechou com R$ 75,30, e 0,65% para R$ 76,00 por saca no mês que vem.
No interior, a estabilidade também pautou a maior parte das regiões produtoras e as baixas foram pontuais, como em praças de Mato Grosso do Sul e Goiás. Em Jataí, o último preço ficou em R$ 67,50 por saca.
Fonte: Notícias Agrícolas
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