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Soja trabalha com leves altas em Chicago nesta 4ª se ajustando após perdas anteriores

Por volta de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,75 e 3,75 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 8,62 por bushel. O março/20, referência importante para a safra brasileira, tinha US$ 8,90


Publicado em: 28/08/2019 às 10:28hs

Soja trabalha com leves altas em Chicago nesta 4ª se ajustando após perdas anteriores

Nesta quarta-feira (28), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leves altas, recuperando parte das perdas registradas na sessão anterior. Por volta de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,75 e 3,75 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 8,62 por bushel. O março/20, referência importante para a safra brasileira, tinha US$ 8,90.

O mercado encontra espaço para leves altas depois dos recuous do pregão anterior causados por uma leve melhora nas condições da safra norte-americana divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana.

No entanto, os traders sabem dos problemas, principalmente de desenvolvimento das plantas de soja nos campos do Corn Belt, e por isso esperam por mais informações que tragam uma realidade mais próxima do futuro da produção. O Pro Farmer estimou a safra em pouco mais de 95 milhões de toneladas.

A atenção ainda está voltada também para as questões climáticas, com as temperaturas mais baixas que são esperadas para o Meio-oeste americano nas próxima semanas e diante das possibilidades de geadas, que poderiam tirar ainda mais da produtividade não só da soja, mas também do milho americano.

Paralelamente, olhos voltados às questões da guerra comercial e aos movimentos de Xi Jinping, Donald Trump e suas equipes. As sinalizações são de que as negociações irão continuar nos próximos meses.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja: Alta de mais de 10% do dólar em agosto compensa perdas de 5% em Chicago

A semana mostra um ritmo de negócios mais lento no mercado brasileiro de soja. Apesar da alta ainda expressiva do dólar e dos prêmios fortalecidos, além da presença da demanda, os vendedores se mostram um tanto mais retraídos nestes últimos dias, segundo explica o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.

"Na expectativa de que os preços podem subir ainda mais, o produtor tem vendido de forma um pouco mais comedida, da mão para a boca", diz.

Além disso, as perdas registradas nesta terça-feira dos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago - de pouco mais de 7 pontos entre os principais vencimentos - acabaram por limitar o avanço das cotações no Brasil, e acabaram até por pressioná-las nos portos e em algumas praças de comercialização do interior do país.

Em Paranaguá, perdas de 0,56% no disponível e para setembro, com preços de R$ 88,00 e R$ 89,00, respectivamente, enquanto em Rio Grande, recuo de 0,34% e 0,45%, para R$ 89,00 e R$ 86,70 por saca. No interior, as perdas passaram de 1%, porém, não foram generalizadas.

BOLSA DE CHICAGO

O mercado da soja operou em baixa nesta terça-feira na Bolsa de Chicago durante toda a sessão. Assim, o contrato novembro finalizou o pregão com US$ 8,59, enquanto o março foi a a US$ 8,86 por bushel.

As cotações refletiram os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que aumentaram o índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições de 53% para 55%.

O número teve alta de dois pontos percentuais na semana e ficou acima dos 54% esperados pelo mercado. São 32% das lavouras em condições regulares, contra 33% da semana anterior, e 13% e condições ruins ou muito ruins, contra 14% da semana anterior.

Além disso, a pressão da guerra comercial entre China e EUA, apesar das especulações de que os dois países deverão continuar suas negociações, também segue limitando os preços da soja na CBOT. A falta de um acordo entre os governos de Donald Trump e Xi Jinping, afinal, mantém a demanda chinesa ausente no mercado norte-americano, e os estoques dos EUA historicamente altos.

Fonte: Notícias Agrícolas

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