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Soja trabalha com estabilidade em Chicago nesta 4ª e se posiciona para números da área nos EUA

Os contratos mais negociados, por volta de 7h55 (horário de Brasília), perdiam entre 3,50 e 3,75 pontos


Publicado em: 19/06/2019 às 11:00hs

Soja trabalha com estabilidade em Chicago nesta 4ª e se posiciona para números da área nos EUA

As leves baixas entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam nesta quarta-feira (19). Os contratos mais negociados, por volta de 7h55 (horário de Brasília), perdiam entre 3,50 e 3,75 pontos. Assim, o julho tinha US$ 9,08 e o agosto, US$ 9,15 por bushel.

Embora os traders ainda estejam focados nas previsões climáticas que mantêm as chuvas fortes no radar, também se posicionam à espera do novo reporte de área de plantio que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final deste mês. Os números saem na próxima sexta-feira, dia 28.

Outro fator que segue sendo acompanhado mais de perto há alguns dias é a guerra comercial e a possibilidade de uma retomada das negociações entre China e Estados Unidos. Xi Jinping e Donald Trump devem se encontrar na próxima reunião do G20, no Japão, no final deste mês, e podem trazer novas informações relevantes ao mercado.

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Os preços da soja terminaram o pregão desta terça-feira (18) com estabilidade na Bolsa de Chicago, amenizando as baixas observadas mais cedo. Os futuros da oleaginosa encerraram o dia subindo entre 0,50 e 1 ponto nos principais contratos, com o julho valendo US$ 9,13 e o agosto a US$ 9,20 por bushel. O vencimento novembro ficou em US$ 9,4.

O mercado internacional mantém seus olhos focados nas questões climáticas do Corn Belt e as adversidades que ainda vêm sendo registradas. Apesar da evolução considerável do plantio da soja nos EUA na última semana - de 60% para 77% de acordo com os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - ainda assim ficaram aquém do esperado e abaixo do ano passado e a média dos últimos cinco anos.

Segundo relatos do diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, que está percorrendo o Corn Belt esta semana, a situação mais grave e preocupante tem sido observada nos estados mais a leste dos EUA, com destaque para Ohio, que tem o plantio de soja e milho mais atrasado do país.

Segundo o analista, as lavouras mostram uma sanidade melhor nas áreas de Iowa e Minnesota, por exemplo, principalmente no milho, já que o clima não castigou tanto a região.

"O solo está úmido, mas não como vimos em Ohio, por exemplo", diz. Ginaldo lembra ainda que Iowa tem quase 100% do milho plantado, e a soja na reta final dos trabalhos de semeadura.

Nas previsões para a próxima semana são esperadas mais chuvas. O mapa desta terça-feira (18) do NOAA, o serviço oficial de clima do governo americano, mais volumes elevados são esperados para estados no coração do Corn Belt, como o Missouri, Illinois, Indiana e Ohio.

Os mapas climáticos são acompanhados a cada nova atualização pois são eles que ajudarão a definir o futuro da área de plantio da oleaginosa nos Estados Unidos. Ainda como explicou Ginaldo, o milho já precificou a menor área esperada para a nova safra americana, mas no caso da soja há indefiniçoões uma vez que a janela ideal para a semeadura da oleaginosa tem mais alguns dias pela frente.

PREÇOS NO BRASIL

Os preços da soja no mercado brasileiro não registraram um movimento comum. Algumas praças chegaram a perder mais de 1%, pressionadas também pelo câmbio. O dólar recuou 1,05% para fecar com R$ 3,85 nesta terça.

Nos portos, as cotações também perderam força diante da pouca movimentação em Chicago e da moeda americana mais fraca. A soja disponível fechou com R$ 83,50 em Paranaguá e Rio Grande com perda de 0,60% em ambos os casos. Para julho, a baixa foi de 0,59% nos dois terminais, com R$ 84,50 no paranaense e R$ 84,00 no gaúcho.

Os negócios seguem lentos no mercado brasileiro, já que os produtores seguem esperando melhores preços, além de já contabilizarem mais de 65% da safra velha comercializada.

Fonte: Notícias Agrícolas

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