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Soja testa leves baixas em Chicago nesta 3ª feira e ainda sente indefinições no caso China x EUA

Embora ainda atuando com estabilidade, as cotações perdiam pouco mais de 1 ponto nos principais vencimentos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), com o maio valendo US$ 8,97 por bushel


Publicado em: 16/04/2019 às 10:10hs

Soja testa leves baixas em Chicago nesta 3ª feira e ainda sente indefinições no caso China x EUA

Os preços da soja recuam nesta manhã de terça-feira (16) na Bolsa de Chicago. Embora ainda atuando com estabilidade, as cotações perdiam pouco mais de 1 ponto nos principais vencimentos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), com o maio valendo US$ 8,97 por bushel. O agosto tinha US$ 9,21.

Segue a cautela entre os traders que operam na CBOT. A falta de informações sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos segue pesando sobre o andamento dos negócios e dos preços, o que ainda limita as especulações sobre as adversidades climáticas no Meio-Oeste americano.

Enquanto as declarações continuam sendo de que as negociações entre os dois países caminham bem, um acordo não é efetivado e há sinais de que a China estaria voltando a se endurecer frente a algumas questões importantes para um consenso.

"Em linhas gerais, a especulação não possui um posicionamento específico, seguindo a neutralidade sem a definição das questões políticas de Trump e uma safra cheia proveniente da América do Sul. Fundos de gestão ativa mantêm suas posições majoritárias no lado da venda para soja, milho e trigo", explicam os analistas da ARC Mercosul.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja fecha com ligeiro avanço em Chicago com suporte das preocupações sobre o clima nos EUA

Como começaram os preços da soja terminaram o dia na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (15), registrando leves altas entre os principais contratos. O vencimento maio encerrou os negócios com US$ 8,98 por bushel, enquanto o agosto terminou a sessão com US$ 9,18. Os ganhos foram de pouco mais de 3 pontos, no entanto, ao longo do dia, os futuros da oleaginosa até chegaram a testar avanços um pouco mais expressivos.

"Campos inundados e o tempo frio em grandes áreas do Meio-Oeste americano ajudaram os futuros da soja e do milho a garantirem algumas pequenas altas neste início de semana", explica o analista do portal Farm Futures, Ben Potter. "É meio de abril, mas isso não impediu a neve de chegar em várias regiões produtoras nos últimos dias. A maior parte do país irá receber mais chuvas consideráveis pelo menos até sábado, especialmente em áreas perto do rio Mississipi", completa.

Segundo institutos meteorológicos norte-americanos, está prevista a chegada de um novo sistema trazendo ainda mais tempestades para o Delta e para o Vale do Mississipi nos próximos dias.

O mapa do NOAA para o período dos próximos sete dias - de 15 a 22 de abril - mostram que os maiores acumulados de chuvas estão agora concentrados mais ao leste e nordeste dos Estados Unidos. O centro do país, no entanto, ainda recebe alguns bons volumes.

Além disso, há ainda algum otimismo em torno das negociações entre China e Estados Unidos, e mesmo com o mercado desgastado pelas especulações sobre essa pauta, qualquer pequena novidade provoca reações - também pequenas - no mercado internacional.

Segundo o Secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin disse às agências internacionais que "estão chegando à rodada final destes problemas", com a China concordando com alguns pontos-chave do acordo.

Ainda nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 140 mil toneladas de soja da safra 2018/19 para destinos não revelados e também ajudou a sustentar as cotações.

O mesmo aconteceu com os embarques semanais norte-americanos, os quais vieram dentro das expectativas. O total foi de 460,667 mil toneladas, dentro das expectativas do mercado de 440 mil a 900 mil toneladas. Os números referem-se à semana encerrada em 11 de abril e foram divulgadas no boletim do departamento nesta segunda-feira (15).

Em toda a temporada, os embarques americanos da oleaginosa somam 30.648,830 milhões de toneladas, contra mais de 42 milhões do ano passado, nessa mesma época.

Estes, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, ainda são números fracos e por isso limitam as preocupações com o clima que são sentidas no Corn Belt.

Fonte: Notícias Agrícolas

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