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Soja testa leves altas em Chicago nesta 6ª feira recuperando partes das últimas perdas

Depois de fechar o último pregão de fevereiro em queda, as cotações buscam alguma recuperação e, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 2,75 pontos nos principais vencimentos. O maio/19 valia US$ 9,13 por bushel


Publicado em: 01/03/2019 às 10:30hs

Soja testa leves altas em Chicago nesta 6ª feira recuperando partes das últimas perdas

Nesta sexta-feira, 1º de março, os preços da soja operam com leves altas na Bolsa de Chicago. Depois de fechar o último pregão de fevereiro em queda, as cotações buscam alguma recuperação e, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 2,75 pontos nos principais vencimentos. O maio/19 valia US$ 9,13 por bushel.

O cenário é o mesmo para os participantes do mercado e as especulações na CBOT permanecem limitadas pela falta de informações sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos. Apesar de algumas boas notícias nos últmos dias, as falta de confirmação ainda pesa sobre os negócios.

O período de trégua entre os dois presidentes está chegando ao final e logo um acordo terá de ser divulgado ou a situação poderia ficar ainda mais grave. Os especialistas estão otimistas sobre um consenso, porém, apreensivos com alguns pontos-chave como a questão da propriedade intelectual.

No entanto, até que essas notícias saiam e sejam fortes e consistentes, o mercado segue caminhando de lado, sem poder definir uma tendência ou intensificar as especulações. Nem mesmo as novidades que começam a surgir - principalmente as que se referem à nova safra dos EUA - ainda contam com espaço suficiente entre o radar dos traders para mudar o ambiente ou o humor dos players.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha em baixa na Bolsa de Chicago e portos do Brasil cedem mais de 1% nesta 5ª

As relações comerciais entre China e Estados Unidos permanecem no foco do mercado internacional da soja e, com a falta de confirmação das últimas notícias, os preços voltaram a recuar na Bolsa de Chicago e fecharam com perdas de pouco mais de 6 pontos nos principais vencimentos no pregão desta quinta-feira (28).

O maio/19 fechou com US$ 9,10 por bushel, enquanto o agosto terminou o dia US$ 9,30.

Sem uma direção clara de que rumo chineses e americanos querem tomar na disputa comercial, os traders permanecem cautelosos e na defensiva, bem como os fundos voltam à ponta vendedora do mercado para se ajustarem ao final de mais um mês.

"Fundos se mantêm posi- cionando no lado das vendas, sem grandes novidades sobre a retórica po- lítica dos EUA e China. A promessa chinesa de compras de 10 MT da soja estadunidense ainda não foi concretizada, o que esfria a especulação da CBOT", explicam os analistas da ARC Mercosul.

Nem mesmo os números fortes das vendas semanais de soja norte-americanas reportadas nesta quinta pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) promoveram uma reação no mercado.

Na semana encerrada em 21 de fevereiro, o país comprometeu 2.196,0 milhões de toneladas da oleaginosa da safra 2018/19, contra projeções de 500 mil a 1 milhão de toneladas. A maior parte desse montante foi vendida para a China, que respondeu por 1.815,7 milhão de toneladas. Um novo cancelamento de 421,1 mil toneladas também foi informado pelo relatório, de destinos não revelados.

Apesar da melhora dos volume semanais nos últimos boletins, o total das vendas americanas - de 38.958,8 milhões de toneladas - ainda está bem abaixo do ano comercial anterior - 45,49 milhões - e mostra que as recentes compras chinesas ainda são insuficientes para mudar o cenário nos EUA com rapidez.

Preços no Brasil

A pressão em Chicago provocou também uma correção dos preços da soja no mercado nacional, principalmente nos portos do Brasil. Nos terminais, o recuo passou de 1% nesta quinta-feira.

Em Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 77,00 por saca e queda de 1,28%, enquanto o março foi a R$ 77,50, perdendo 1,27%. Em Rio Grande, queda de 1,03% no spot e para o próximo mês, com referências de R$ 76,50 e R$ 77,00 por saca.

No interior do país, apesar das baixas de Chicago, algumas praças terminaram o dia com preços mais altos, com ganhos de até 1,96%, como foi o caso do Oeste da Bahia, onde o último indicativo foi de R$ 65,00 por saca.

Fonte: Notícias Agrícolas

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