Publicado em: 18/11/2013 às 17:20hs
Nesta segunda-feira (18), o mercado da soja caminha de lado na Bolsa de Chicago, porém, tentando se manter do lado positivo da tabela. Os ganhos são pouco expressivos e, por volta de 12h (horário de Brasília), estavam entre 1,25 e 4,75 pontos nos principais vencimentos. O contrato janeiro/14, o mais negociado nesse momento, operava a US$ 12,80 por bushel, depois de perder os US$ 13 com a forte queda da última sexta-feira (15).
Entretanto, o mercado, segundo o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, ainda está sustentando na firma demanda pela soja norte-americana, pelas exportações que acontecem em ritmo acelerado nos Estados Unidos e nos produtores mais contidos nas vendas, à espera de preços melhores. "Depois de uma queda muito forte, essas pequenas correções são normais", diz. "O mercado chegou com o janeiro a US$ 12,80 e a minha expectativa de que esse patamar tenha um forte suporte, sem cair muito abaixo disso", completa.
Para Fernandes, o foco do mercado agora deverá ser as exportações norte-americanas. Do total a ser exportado pelos Estados Unidos na temporada 2013/14, cerca de 85% já estão comprometidos e o ano comercial só se encerra em agosto do ano que vem. Frente a isso, os prêmios para a soja nos Estados Unidos já chega a US$ 1,00 sobre o vencimento janeiro no Golfo e no interior dos EUA varia entre 5 e 10 cents de dólar por bushel.
As principais origens não estão realizando vendas e esse é um importante fator positivo para o mercado. Nos EUA, os sojicultores esperam por preços melhores, o mesmo que acontece no Brasil com a pouca soja ainda disponível da safra velha. Da safra nova, os negócios também acontecem de forma mais lenta, com a possibilidade, segundo analistas, de que as cotações possam estar mais elevadas mais adiante.
"Acabamos de colher uma safra americana que não foi uma safra pequena, a América do Sul vai colher daqui a poucos meses, e os preços estão perto de US$ 13 por bushel, que é um preço muito interessante, não é um preço comum (...) Toda vez que tivermos essa posição janeiro se aproximar ou passar um pouco dos US$ 13 por bushel, teremos algum fundo interessado em vender, e quando chegar a US$ 12,60 / US$ 12,70, vamos ver intressados em comprar", explica Fernandes.
Fonte: Notícias Agrícolas
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