Publicado em: 03/06/2014 às 10:10hs
Assim, depois de fechar em campo misto ontem, os futuros da oleaginosa recuam no pregão eletrônico desta terça-feira (3) na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 2 e 9,75 pontos.
As cotações sentem a pressão do bom andamento do plantio da safra norte-americana, que já apresenta índices de plantio tanto para a soja quanto para o milho acima da média histórica dos últimos anos.
Nesta segunda-feira (2), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportou seu novo boletim de acompanhamento de safras com números até o último domingo, 1º de junho.
O plantio da soja evoluiu, em uma semana, de 59 para 78% e o índice ficou acima da média dos últimos cinco anos para o período, que é de 70%. Já no mesmo período do ano passado, o percentual plantado era de 55%.
O USDA informou também que 50% das lavouras de soja já emergiram, frente à uma média de 25% para esse período do ano. Em 2013, nesse mesmo período, apenas 29% das plantações já registravam essa fase.
Já o plantio do milho nos Estados Unidos está quase finalizado e já alcança 95% da área. No estado do Texas, por exemplo, a semeadura já foi concluída. O índice para este ano está bem próximo da média para o período, que é de 94%, e do registrado no ano passado - 90%.
Além disso, o boletim do departamento mostrou também que 76% das lavouras do cereal estão em boas ou excelentes condições, 22% estão em situação regular e 2% estão em condições ruins ou muito ruins.
Ao mesmo tempo, porém, a demanda pela soja norte-americana segue muito intensa e números do USDA, também divulgados nesta segunda-feira, confirmaram um cenário apertado nos Estados Unidos. "Já estão com 42 milhões de toneladas embarcados, diante de 43,5 (mi de toneladas) programadas, ou seja, ainda tem 13 semanas para fechar o ano comercial e faltam apenas 1,5 milhão de toneladas para embarcar", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Com isso, o consultor acredita que o mercado pode vir a atingir o patamar dos US$ 16,00 por bushel, apesar de ainda operar com algumas barreiras para romper entre os US$ 15,10 e US$ 15,70. Esse alcance, portanto, ainda é dependente de novas informações que possam estimular esse movimento.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias