Soja

Soja tem ligeiros ganhos em Chicago nesta 5ª feira, com mercado ainda lateralizado

Sem forças ou motivos para mudar de direção, os preços subiam pouco mais de 1 ponto, por volta de 7h50 (horário de Brasília), com o maio valendo US$ 9,07 e o agosto, US$ 9,27 por bushel


Publicado em: 21/03/2019 às 11:10hs

Soja tem ligeiros ganhos em Chicago nesta 5ª feira, com mercado ainda lateralizado

Na sessão desta quinta-feira (21), as cotações da soja na Bolsa de Chicago mantêm sua típica estabilidade com os traders ainda em compasso de espera pelas novas informações em torno da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Sem forças ou motivos para mudar de direção, os preços subiam pouco mais de 1 ponto, por volta de 7h50 (horário de Brasília), com o maio valendo US$ 9,07 e o agosto, US$ 9,27 por bushel.

"A permanência da Guerra Comercial já perdura por muito além do que a indústria esperava. Fundos de gestão ativa continuam empilhando posições no lado da venda, protegendo os ganhos já contabilizados no fim do primeiro trimestre de 2019", explicam os analistas da ARC Mercosul.

Ainda nesta quinta, o mercado segue observando as condições de clima nos EUA, bem com os números atualizados das exportações semanais que serão atualizados nesta quinta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

As expectativas dos traders para as vendas de soja variam entre 600 mil e 1,75 milhão de toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja recua mais de 1% nos portos do Brasil com pressão do dólar e estabilidade em Chicago

O baixo volume de negócios com a soja continua na Bolsa de Chicago e os futuros da oleaginosa terminaram o dia com leves altas nesta quarta-feira (20), ainda bem próximos da estabilidade. Os ganhos foram de pouco mais de 2 pontos, com o maio fechando o dia com US$ 9,06 e o agosto, US$ 9,26 por bushel.

Os traders seguem divididos entre as questões não resolvidas da guerra comercial e as notícias sobre o clima nos EUA, principalmente com a chegada da primavera nos EUA.

"É o primeiro dia da primavera e os grãos passaram o dia em campo negativo graças à uma cobertura de posições no trigo (que subiu mais de 1% nesta quarta), mais algumas compras técnicas na soja e no milho", explica o analista da Farm Futures, Ben Potter.

Informações que partem do NOAA - o serviço oficial de clima dos EUA - mostra que para os próximos dias se espera um padrão de temperaturas acima da média para o período em boa parte do centro dos Estados Unidos, o que deve prevalecer também até o início da próxima semana.

As chuvas também deverão continuar bastante intensas, e ainda castigando alguns estados como Iowa e Nebraska, os quais receberam elevados volumes nos últimos dias e registraram suas piores enchentes em quase 130 anos. O NOAA prevê severas cheias em estados como Kansas, Missouri, Arkansas e Mississipi.

Na questão China x EUA, as novidades ainda são poucas. Segundo o presidente americano Donald Trump, as negociações evoluem de forma bastante satisfatória com os chineses, mas nada de concreto ainda está definido. No entanto, Trump voltou a dizer que seu governo pensa em mater as tarifas sobre a China ainda por um longo período de tempo.

Mercado Brasileiro

No Brasil, a estabilidade também pode ser observada em boa parte das principais praças de comercialização do interior do país. Já nos portos, o recuo dessa quarta-feira passou de 1% em Rio Grande e Paranaguá.

No terminal paranaense, a soja disponível perdeu 1,30% para fechar com R$ 76,00 por saca, enquanto no gaúcho ficou em R$ 75,00, com queda de 0,66%. Já para o mês seguinte, R$ 77,00 e R$ 75,50, respectivamente, com perdas de 1,28% e 1,31%.

As referências acompanharam o dólar, que fechou em seu menor patamar em trê semanas, cotado a R$ 3,7661. A queda nesta sessão foi de 0,61%. A pressão maior veio, segundo especialistas, da decisão anunciada pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano) de que não fará novos reajustes para cima das taxas de juros neste ano.

"O mercado brasileiro continua mostrando poucos negócios. A colheita flui nas regiões Sul e Matopiba, e finalizando no Centro Oeste e Sudeste. Aliado a isso, há ainda as entregas de contratos (firmados anteriormente) e amis a retenção de uma parte do volume da produção para ser negociado mais a frente", diz o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

As contas são simples e a conclusão do analista de mercado da Agrinvest Commodities, Marcos Araújo é rápida: o Brasil vai ter que racionar a demanda por soja no segundo semestre. O ritmo de exportações, o consumo interno e uma safra estimada em algo próximo a 113 milhões de toneladas mostram que a disputa pelo grão brasileiro deverá ser intensa, mesmo diante da grande oferta disponível nos Estados Unidos.

Fonte: Notícias Agrícolas

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