Publicado em: 10/03/2014 às 10:10hs
Os investidores optam por um movimento de realização de lucros, após as intensas altas registradas na última sexta-feira (7) e, principalmente, à espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje, às 13h.
O órgão traz seu novo relatório mensal de oferta e demanda e a expectativa do mercado é de que haja uma redução nos estoques norte-americanos de soja, bem como no seu volume de residual. Na outra ponta, espera-se ainda uma revisão positiva da demanda e também do volume de importações pelos Estados Unidos.
Os atuais estoques já são muito apertados e as exportações já passaram 3 milhões de toneladas da última projeção do departamento, e esse é o cenário que tem mantido o forte suporte visto nos preços nos últimos meses. Apesar de pontuais movimentos de correção técnica, a tendência para as cotações da soja, segundo analistas, ainda é de alta.
“Os americanos já venderam 43,9 milhões de toneladas de soja, e isso já descontando os cancelamento chineses. A projeção (de exportação) era de 41,1 milhões de toneladas, ou seja, tem um buraco grande de quase 3 milhões de toneladas e eles não têm esta soja”, diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Paralelamente ao quadro ajustado de oferta e consumo observado nos Estados Unidos, há ainda as perdas na safra brasileira e também em outros países da América do Sul, como o Paraguai. No Brasil, condições de clima adverso - desde uma severa estiagem no Sul do país até o excesso de chuvas no Mato Grosso atrapalhando a colheita - as estimativas de consultorias privadas já começam a se aproximar de 85 milhões de tonelada, quando, inicialmente, eram de 90 milhões.
"O mundo vai ter que buscar soja na América do Sul. Só que o problema é que temos pouca soja, a safra vem comprometida, já temos 60% da safra já negociada e, com isso, o mercado segue firme", explica o consultor.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias