Publicado em: 18/04/2019 às 10:30hs
Os preços da soja trabalham com leves altas no pregão desta quinta-feira (18) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 7h45 (horário de Brasília), subiam pouco mais de 1 ponto, como maio valendo US$ 8,80 e o agosto, US$ 9,00 por bushel.
O mercado se ajusta antes do final de semana prolongado, uma vez que as bolsas norte-americanas não funcionam nesta Sexta-Feira Santa (19). A cautela é mantida, como explicam analistas internacionais, porque três dias sem mercado em tempos de mercado climático - e frente a tantas adversidades - podem aumentar as incertezas.
Os traders seguem acompanhando o cenário de condições desfavoráveis e temem pelo atraso no plantio do milho. No entanto, todas essas preocupações ainda não chegam efetivamente aos preços.
Ontem, o mercado chegou a romper o nível técnico dos US$ 8,90 por bushel no maio, o que ajudou a dar mais espaço para novas baixas na CBOT, onde os preços terminaram o dia perdendo mais de 10 pontos.
Paralelamente, o mercado acompanha também a evolução - ou não - das discussões entre China e EUA e, há alguns dias, já não se fala mais tanto na proximidade de um acordo.
As vendas semanais para exportações dos EUA serão atualizadas nesta quinta pelo USDA (Deparatmento de Agricultura dos Estados Unidos) e as expectativas do mercado variam de 350 mil a 850 mil toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Após romper nível técnico dos US$8,90/bushel em Chicago, soja dá continuidade ao movimento de baixa e perde mais 10 pontos
Ausência de compras chinesas, clima favorável ao plantio e fundos vendidos dão fôlego para novo movimento de baixa da soja em Chicago
Nesta quarta-feira (17), o mercado da soja deu continuidade ao movimento de baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), com quedas de oito a nove pontos nos principais vencimentos.
Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, destaca que a queda foi sequência da baixa de ontem - que, por sua vez, foi uma reversão da alta obtida na segunda-feira (15).
Isso ocorre porque o mercado continua pressionado pela ausência da presença da China, pelas questões climáticas norte-americanas e pela posição dos fundos, que estão extremamente vendidos. A falta de notícias fundamentais, como lembra Sousa, está pesando bastante no mercado.
Ele aponta que o movimento de ontem foi de patamar psicológico e deixa o mercado vulnerável a novas baixas, já que não há nenhum fator que seria capaz de reverter essa situação.
No Brasil, a indústria está pagando um preço melhor para a soja, que, por conta da alta do dólar, vem sendo negociada em torno de R$77 no porto. Mas este não é um preço que o produtor sai vendendo, de forma que a soja só sai de acordo com a necessidade.
Fonte: Notícias Agrícolas
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