Publicado em: 31/05/2019 às 11:20hs
A manhã de sexta-feira (31) é de finalização de mês e leve realização de lucros para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Depois de ganhos de mais de 17 pontos no pregão anterior, as cotações têm pequenas baixas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos. Assim, o vencimento julho valia US$ 8,84 por bushel, e o agosto era cotado a US$ 8,91.
O mercado, apesar desse ligeiro recuo, segue muito focado nas questões climáticas e nas adversidades que ameaçam muito severamente a nova safra norte-americana. "Mas o fim do mês oferece oportunidades de tomada de lucros e o mercado aproveita", diz a consultoria internacional Allendale, Inc.
O mapa, na sequência, mostra a continuidade das chuvas nos próximos 7 dias no coração do Corn Belt, com volumes maiores agora sendo esperados para estados como Kansas, Oklahoma, Missouri, Illinois e Indiana.
A previsão vale de 31 de maio a 7 de junho e parte do NOAA, o serviço oficial de clima do governo americano.
Ainda no paralelo, as questões todas que envolvem a guerra comercial entre China e Estados Unidos - com os chineses tendo bloqueado novas compras no mercado americano - e esperando os novos movimentos de ambos os países.
E nesta sexta-feira, os traders se atentam ainda aos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza sobre as vendas semanais para exportação. As expectativas para a soja são de algo entre 250 mil e 650 mil toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Modelos atualizados mostram mais chuvas até 13 de junho e soja fecha com forte alta
O mercado internacional da soja voltou a intensificar seus ganhos na Bolsa de Chicago e fechou o dia subindo mais de 17 pontos nos principais contratos no pregão desta quinta-feira (30). O contrato julho fechou o dia com US$ 8,89 e o agosto, US$ 8,95 por bushel. Mais uma vez, as posições mais distantes superaram o patamar dos US$ 9,00.
O clima muito ruim para a nova safra de grãos dos Estados Unidos continua sendo o principal catalisador das cotações da oleaginosa na CBOT. As chuvas continuam chegando de forma muito agressiva ao Meio-Oeste norte-americano e as previsões mostram sua continuidade pelas próximas semanas.
Confirmadas, as precipitações mantêm o plantio atrasado, os produtores preocupados e o mercado dos grãos altista em Chicago.
"Os modelos climáticos atualizados no meio do dia desta quinta se apresentaram mais úmidos e, com certeza, mais problemáticos para a próxima semana. O preço pode incentivar o plantio o quanto quiser, mas ainda está chovendo muito", diz o economista chefe de commodities da INTL FCStone, Arlan Suderman.
"Até com que as atualizações do clima começem a trazer um cenário mais estável, com precipitações regulares e temperaturas normais, as cotações na CBOT não irão interromper o movimento de alta", dizem os diretores da ARC Mercosul.
GUERRA COMERCIAL
Embora este não seja mais o fator central do mercado, ao menos nesse momento, os traders ainda acompanham, mesmo os desdobramentos da guerra comercial.
O novo movimento foi feito pela nação asiática que suspendeu novas compras de soja no mercado norte-americano. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto e que deram entrevista à agência internacional Bloomberg, a medida foi adotada na medida em que as tensões entre os dois países se intensifica.
Com chineses e americanos ainda em desacordo, os compradores da China interromperam as ordens de aquisição de soja dos EUA e a retomada das operações não está prevista até que seja firmado um acordo entre os dois. A vantagem para o produto do Brasil, portanto, passa a ser ampliada. Os prêmios ainda fortalecidos e se valorizando confrimam esse bom momento.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, as cotações seguem em alta e subiram até 4% no interior do país nesta quinta-feira. Os ganhos foram registrados em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso. As altas, mais uma vez, foram generalizadas.
Fonte: Notícias Agrícolas
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