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Soja tem estabilidade em Chicago nesta 5ª feira e se posiciona à espera do novo USDA

Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 0,25 e 0,50 ponto, com o agosto valendo US$ 8,93 por bushel. O novembro tem US$ 9,11


Publicado em: 11/07/2019 às 10:40hs

Soja tem estabilidade em Chicago nesta 5ª feira e se posiciona à espera do novo USDA

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham com estabilidade na manhã desta quinta-feira (11), dia de novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 0,25 e 0,50 ponto, com o agosto valendo US$ 8,93 por bushel. O novembro tem US$ 9,11.

O mercado mantém sua defensiva à espera dos números que a instituição traz às 13h (horário de Brasília), e que poderia, segundo expectativas, cortar a safra de soja dos EUA em algo entre 7 e 8 milhões de toneladas.

Como explicam os analistas, depois da divulgação dos números, o mercado deverá se voltar aos mapas climáticos dos EUA - que mostram menos chuvas e um pouco mais de calor nos próximos dias - e ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas.

Ainda nesta quinta-feira, o mercado espera também pelos números das vendas semanais para exportação que serão reportados pelo USDA. As expectativas dos traders variam de 250 mil a 750 mil toneladas.

E no radar permanecem as negociações entre China e Estados Unidos, retomadas nos últimos dias para buscar um final para o conflito comercial que já dura mais de um ano.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja sobe forte em Chicago com impulso das expectativas do USDA e disparada do petróleo

Uma combinação de expectativas altistas para o novo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e mais uma disparada dos preços do petróleo nesta quarta-feira (10) deu espaço para boas altas entre os preços da soja neste pregão da Bolsa de Chicago.

As posições mais negociadas terminaram o dia com ganhos entre 10,25 e 8,50 pontos, com o vencimento agosto sendo cotado a US$ 8,94 e o novembro, US$ 9,12 por bushel. o mercado internacional passou da estabilidade aos bons ganhos ao longo dos negócios e já se posicionando à espera dos novos números que serão reportados nesta quinta-feira, 11.

As expectativas indicam uma redução na safra de soja dos EUA que poderia ficar entre 7 e 8 milhões de toneladas e, confirmada, poderia trazer uma importante força altista às cotações na CBOT. E essa correção viria com indicativos de menores área e produtividade.

O mercado espera que o USDA traga uma redução na produção tanto de soja quanto de milho neste boletim mensal de julho. A média das expectativas para a soja é de 104,78 milhões de toneladas, contra 112,94 milhões do reporte de junho.

A produtividade esperada para a soja é de 54,24 sacas por hectare, na média, com o intervalo variando entre 52,67 e 56,04. Em junho, o número veio em 55,48 scs/ha.

O outro fator que atuou como combustível para os futuros da commodity foram os ganhos de mais de 4% do petróleo nesta quarta-feira, com registros de seus maiores patamares em mais de um mês. A alta veio refletindo uma redução dos estoques norte-americanos e a tempestade que está prevista para o Golfo do México nos próximos dias.

"A queda nos estoques foi muito mais forte que o esperado", o que ajudou a empurrar os preços do petróleo para cima, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank. "As importações recuaram e a utilização por refinarias atingiu o maior nível desde o início do ano, contribuindo para a grande redução", informou a agência de notícias Reuters.

Paralelamente, o mercado segue acompanhando também, e ainda muito de perto, as condições de clima do Corn Belt. Com a previsão de um tempo mais quente e seco para as próximas semanas, se espera alguma alívio para as lavouras que já vinham sofrendo com o excesso de umidade e baixas temperaturas nos últimos meses.

Ainda entre os fatores especulados estão as negociações retomadas entre chineses e americanos nesta semana. Os dois países estão em uma trégua e autoridades de ambos voltaram a se reunir para buscar dar fim ao conflito comercial.

MERCADO BRASILEIRO

Os preços da soja no mercado brasileiro subiram nesta quarta-feira, acompanhando os ganhos na Bolsa de Chicago, mas ainda limitados pelo dólar em baixa. As altas, no entanto, não foram generalizadas.

A moeda americana perdeu 1,30% nesta sessão, encerrando os negócios com R$ 3,75 na venda. A baixa foi intensa diante da evolução da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e levou a divisa ao seu menor valor desde fevereiro.

Ainda assim, praças como Primavera do Leste, em Mato Grosso registraram altas de 3,08% para R$ 67,00 por saca. Por outro lado, em Rio Verde, no Goiás, a baixa foi de 1,52% para R$ 65,00.

Nos portos, os preços também perderam força em função da pressão do câmbio. Em Paranguá, a soja disponível e a com entrega prevista para agosto perderam 0,63% para R$ 78,50 e R$ 79,00, respectivamente. Em Rio Grande, perda de 0,255 em ambos os casos, com R$ 78,30 e R$ 78,80 por saca, nesta ordem.

Os negócios permanecem escassos, pontuais, com os produtores brasileiros ainda esperando por novas e melhores oportunidades de preços tanto para o restante da safra velha, quanto para a safra nova.

Fonte: Notícias Agrícolas

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