Publicado em: 06/02/2014 às 19:30hs
O vencimento março/14, o mais negociado nesse momento, e o maio/14, referência para a safra brasileira já superam os US$ 13 por bushel e buscam se manter nesse patamar. Na abertura do pregão regular, por volta de 12h40 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam mais de 14 pontos.
Segundo Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, o mercado está sob forte influência do movimento de compra por parte dos fundos, os quais observam o clima seco no Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, e os riscos que essas condições causam à safra brasileira.
No entanto, o analista explica também que grande parte desse impacto da seca já foi precificado pelo mercado e, para que as altas ainda sejam estimuladas por esse fator seria somente caso as altas temperaturas se mantenham ou novas vendas por parte, principalmente, da China forem anunciadas.
Na próxima semana, tanto o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) trazem seus números oficiais de estimativas para a safra brasileira de soja e a confirmação de perdas e projeções menores podem dar mais estímulo às cotações.
A demanda, por outro lado, continua bastante ativa e ainda é o principal fator de alta para os preços. As exportações semanais de soja dos Estados Unidos somaram, entre a safra 2013/14 e 2014/15, 796,5 mil toneladas e ficaram dentro das expecativas do mercado, que variavam entre 550 mil e 850 mil toneladas.
Para o boletim mensal de oferta e demanda que o departamento norte-americano traz na próxima semana, Araújo acredita que "seja bem provável que o USDA revise para cima os números de exportações norte-americanas, impactando em menores estoques finais dos Estados Unidos.
O mercado, ainda de acordo com o analista, acredita que os estoques dos EUA recuem de de 150 para 147 milhões de toneladas. Mas, caso esse recuo dos números seja ainda mais expressivo, as cotações podem registrar uma alta ainda mais forte. "O mercado já se antecipa ao relatório e temos esse movimento de alta".
Fonte: Notícias Agrícolas
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