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Soja tem boas altas em Chicago nesta 5ª de olho no clima do Corn Belt e se ajustando antes de feriado

Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam mais de 10 pontos. Dessa forma, o vencimento julho já buscava os US$ 10,50 e o agosto/18 trabalhava com US$ 10,53 por bushel


Publicado em: 24/05/2018 às 11:10hs

Soja tem boas altas em Chicago nesta 5ª de olho no clima do Corn Belt e se ajustando antes de feriado

Os futuros da soja, nesta quinta-feira (24), trabalham em campo positivo na Bolsa de Chicago por mais um dia. Esta é a quinta sessão consecutiva de ganhos para a oleaginosa e, por volta de 7h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam mais de 10 pontos. Dessa forma, o vencimento julho já buscava os US$ 10,50 e o agosto/18 trabalhava com US$ 10,53 por bushel.

Segundo explicam analistas internacionais, o mercado segue refletindo um movimento de compras por parte dos fundos - que se acentuou após a trégua entre China e Estados Unidos no final de de semana - e diante ainda de algumas preocupações com o clima no Corn Belt.

De acordo com informações da consultoria Allendale, Inc, o excesso de umidade em pontos como o norte Iowa e o centro-sul de Minnesota traz alguma preocupação ao mercado e motiva maior especulação entre os traders.

"A data de plantio de 31 de maio para o milho se tornou extremamente importante, com os produtores de Minnesota tendo que se decidir se irão semear o cereal ou mudar para a soja", diz a Allendale. Além disso, na próxima semana, o boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já começa a trazer seus primeiros dados de condições de lavouras e a consultoria aposta, para o milho, em algo entre 67% e 72% de bom ou excelente. No ano passado, nessa época, o número era de 65%.

O mercado em Chicago, ainda nesta quinta-feira, se atenta também aos números das vendas semanais para exportação que serão atualizados pelo USDA. As expectativas dos traders para a soja variam, para a safra velha, do cancelamento de 200 mil à venda de 400 mil toneladas e, para a nova, de 200 mil a 400 mil toneladas.

Complementando o quadro de altas, os traders também ajustam suas posições diante da proximidade de um final de semana prolongado, já que há um feriado nos EUA na próxima segunda (28) - Memorial Day - e os negócios só serão retomados no pregão noturno de terça-feira.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

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Os preços da soja fecharam a sessão desta quarta-feira (23) em alta na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa trabalharam durante todo o dia em campo positivo e concluíram os negócios subindo entre 8,75 e 9,75 pontos nos principais contratos e o agosto/18 sendo negociado a US$ 10,43 por bushel. O julho/18 ficou com US$ 10,39.

Os ganhos deste pregão, mais uma vez, refletiram o otimismo dos traders sobre o possível acordo entre China e Estados Unidos, depois da trégua anunciada pelos dois países no último final de semana.

"A semana vem se configurando muito positiva, com ganhos, até aqui, superiores a 3%, depois que EUA e China chegaram a um acordo temporário, dando chances para negociações duradouras, que visem diminuir o gigantesco déficit norte-americano", explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.

No entanto, o movimento de alta das cotações da oleaginosa poderia estar perdendo força diante da falta de novidades sobre o assunto até esse momento.

"Nenhuma novidade dos acordos comerciais entre os EUA e China foi publicado nestas últimas 24 horas, o que deixa a especulação ainda apreensiva sobre qualquer posicionamento mais agressivo, para as próximas sessões", explicam analistas da AgResource Mercosul (ARC).

Até que estas informações mais detalhadas sejam conhecidas, ainda de acordo os executivos da consultoria, os fundamentos deverão voltar a direcionar as cotações com mais expressão, principalmente o avanço do plantio e o clima nos EUA.

"O atual ritmo é bem acima da média dos últimos 5 anos em 44% e superior à 2017 em 50%. Até o momento, não há ameaças climáticas previstas para o Cinturão Agrícola americano", diz o reporte da ARC.

Preços no Brasil

No Brasil, a quarta-feira foi mais um dia de falta de direção comum para as cotações, uma vez que, novamente, a baixa do dólar acabou tirando força das altas observadas no mercado internacional. A moeda americana terminou o dia com baixa de 0,54% para R$ 3,6251.

Dessa forma, as baixas no interior do país chegaram a bater em até 2,89%, como em Castro/PR, onde o preço ficou em R$ 84,00 por saca, ao passo que as altas chegaram a 1,47%, como foi o caso de Campo Novo do Parecis, com R$ 69,00.

Já nos portos, as referências terminaram o dia subindo. Em Paranaguá, a soja disponível fechou com 0,58% de alta e R$ 86,50 por saca, enquanto em Rio Grande foi a R$ 86,30, com ganho de 0,58%. Já na referência março/19 do terminal paranaense, avanço de 1,16% para R$ 87,00 por saca e, no gaúcho de 0,35% para o indicativo de junho/18, com R$ 86,80.