Soja

Soja sobe em Chicago nesta 6ª feira e se reposiciona depois das baixas da sessão anterior

Perto de 7h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,75 e 3,25 pontos nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 8,64 e o março, US$ 8,91 por bushel


Publicado em: 06/09/2019 às 10:30hs

Soja sobe em Chicago nesta 6ª feira e se reposiciona depois das baixas da sessão anterior

Sexta-feira de leves altas para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Depois de terminar o dia perdendo mais de 13 pontos na sessão anterior, os futuros da oleaginosa buscavam um reajuste e testavam leves ganhos na manhã de hoje. E a procura do mercado por uma definição de sua direção continua.

Assim, perto de 7h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,75 e 3,25 pontos nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 8,64 e o março, US$ 8,91 por bushel.

Segundo analistas internacionais, o mercado encontra espaço para recuperar-se também diante de algumas compras técnicas feitas depois das perdas do pregão desta quinta-feira (5).

E como já é sabido, permanece no radar dos traders a evolução - ou não evolução - da guerra comercial, bem como as especulações sobre o encontro dos times americano e chinês em outubro. O mercado, entretanto, já não dá tanto peso á informações não confirmadas e já não apostam em um acordo saindo no curto ou médio prazo.

Também em foco a conclusão da nova safra dos Estados Unidos, as condições que enfrentará para sua conclusão no Corn Belt e, claro, o posicionamento dos traders antes do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega na próxima semana, em 12 de setembro.

Ainda nesta sexta, atenções voltadas também para o boletim semanal de vendas para exportação do USDA,com expectativas para a soja de algo entre 50 mil e 700 mil toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Mercado recua forte em Chicago, mas prêmios ajudam na manutenção dos preços no Brasil

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o pregão desta quinta-feira (5) com baixas de mais de 12 pontos entre os principais contratos. O vencimento novembro/19 foi a US$ 8,61 e o março, a US$ 8,88 por bushel, caindo 14 e 13 pontos, respectivamente. O mercado, segundo explicou Mário Mariano, reagiu a um acumulado de fatores já conhecidos, mas ainda muito negativos.

De acordo com o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, a ausência da demanda chinesa por soja no mercado norte-americana ainda exerce muita pressão sobre as cotações na CBOT. Um acordo entre os dois países se mostra ainda muito distante e improvável.

Ainda assim, foi anunciado um novo encontro entre as duas delegações, pessoalmente, em Washington, para outubro. Os traders, porém, não apostam em grandes evoluções das negociações e, por isso, tampouco em uma volta das compras de soja da China nos EUA. De setembro (2018) a julho (2019), os americanos venderam apenas pouco mais de 10 milhões de toneladas da oleaginosa à nação asiática.

"Esse é um volume tão pequeno que pode ser comparado a números de 2005", explica Mariano, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira.

Mais do que isso, apesar dos problemas climáticos já sofridos e do atrasado conhecido nas lavouras norte-americanas, as condições climáticas esperadas para as próximas semanas também não trazem grandes ameaças e, dessa forma, também limitam o espaço de recuperação das cotações.

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, pela volatilidade de Chicago e pelas baixas consecutivas do dólar, os preços recuaram, mas ainda são mantidos por prêmios fortes. A demanda forte - e as baixas da CBOT - ajudam na manutenção.

Os negócios, porém, são menos intensos nesta semana em relação às anteriores, com essas baixas. Nos portos, os indicativos cederam consideravelmente, recuando entre 1,67% e 1,69% nas principais posições, que agora variam entre R$ 87,50 e R$ 88,50 por saca.

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