Soja

Soja sobe em Chicago nesta 4ª feira, mas mantém foco na guerra comercial

Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h25 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 2,75 nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 8,33 por bushel


Publicado em: 08/05/2019 às 10:50hs

Soja sobe em Chicago nesta 4ª feira, mas mantém foco na guerra comercial

Nesta quarta-feira (8), os preços da soja sobem levemente na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h25 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 2,75 nos contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 8,33 por bushel.

O que ainda motiva pequenas baixas no mercado internacional são as preocupações com o clima nos Estados Unidos e a cobertura tímida de posições por parte dos fundos, que se ajustam depois das perdas intensas do início da semana.

A guerra comercial, todavia, permanece no centro das atenções e mantém o mercado sob pressão. "Os traders estão monitorando qualquer novidades nas negociações, principalmente em como elas irão influenciar na demanda chinesa por produtos americanos", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.

Ademais, os traders se ajustam - no meio da visita do vice-premier chinês Liu He a Washington entre quinta e sexta-feiras desta semana - à divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Este reporte traz ainda as primeiras estimativas para a temporada 2019/20 e já provoca as especulações do mercado.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja sobe ate 2% no Brasil com suporte do dólar, próximo de R$ 4 nesta 3ª feira

Os preços da soja subiram no mercado brasileiro nesta terça-feira (7) acompanhando o dólar, que chegou a bater nos R$ 4,00 diante das tensões entre China e Estados Unidos em meio à guerra comercial. No fechamento do dia, a moeda americana ficou em R$ 3,9694, subindo 0,29%.

Do mesmo modo, os preços nos portos do Brasil subiram entre 0,69% e 1,48%, com as referências para o spot e o para entrega no mês seguinte variando entre R$ 72,30 - disponível em Rio Grande - e R$ 75,20 - disponível em São Francisco do Sul, Santa Catarina.

No interior do país, os ganhos chegaram a até 2,33%, como foi o caso de Rondonópolis, onde o preço ficou em R$ 66,00 por saca nesta terça. Em Ponta Grossa, no Paraná, 1,37% de alta para R$ 74,00/saca.

Os negócios, entretanto, continuam acontecendo pontualmente e sem grandes volumes. Tanto compradores, quanto vendedores estão refazendo suas estratégias para voltarem aos negócios de forma mais efetiva.

Além do suporte vindo do dólar, o mercado interno da soja encontrou algum ligeiro estímulo também nas pequenas altas observadas na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity terminaram o pregão subindo entre 0,25 e 0,50 ponto, com o julho/19 valendo US$ 8,30 e o agosto, US$ 8,37 por bushel.

Mercado Internacional

O mercado internacional passou a terça-feira procurando manter sua estabilidade depois de uma nova despencada registrada na sessão anterior, em que renovou suas mínimas e perdeu mais de 1% diante do agravamento das relações comerciais entre chineses e americanos.

Passada a tensão inicial e com os traders aguardando pelos novos movimentos de ambos os países, algumas pequenas compras técnicas foram realizadas, com os fundos também ajustando suas posições e se preparando para as próximas notícias.

No paralelo, atenção ao clima no Corn Belt. As condições ainda são adversas para o desenvolvimento do plantio, que já mostra um atraso em relação a 2018 e aos últimos cinco anos. Até o último domingo (5), os EUA tinham 6% da área de soja já semeada, contra 3% da semana anterior e projeções que variavam de 6 a 13%. A média dos últimos cinco anos é, no entanto, de 14%, mesmo número do ano passado nesta época.

E para os próximos dias as previsões são ainda de temperaturas baixas, o que também é um desestímulo a produtores de muitas regiões do Corn Belt. Além disso, para os próximos cinco dias, as chuvas ainda serão intensas e volumosas em boa parte do Meio-Oeste americano, de acordo com informações do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA.

"Os preços da soja lutaram por pequenos ganhos nesta terça depois das perdas de dois dígitos na última segunda (6), motivadas por pequenas compras técnicas e alguma preocupação com o clima", explica Ben Potter, analista de mercado do portal internacional Farm Futures.

Fonte: Notícias Agrícolas

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