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Soja sobe em Chicago nesta 2ª feira com clima adverso no Meio-Oeste americano

Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações tinham ganhos de pouco mais de 10 pontos nos principais contratos, com o julho cotado a US$ US$ 8,31 por bushel. O agosto tinha US$ 8,36


Publicado em: 20/05/2019 às 10:30hs

Soja sobe em Chicago nesta 2ª feira com clima adverso no Meio-Oeste americano

Os preços da soja sobem nesta segunda-feira (20) na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações tinham ganhos de pouco mais de 10 pontos nos principais contratos, com o julho cotado a US$ US$ 8,31 por bushel. O agosto tinha US$ 8,36.

Segundo analistas internacionais, o mercado continua encontrando suporte para as altas nas adversidades climáticas do Meio-Oeste americano. Os últimos dias não permitiram um bom avanço dos trabalhos de campo e as previsões seguem indicando muitas chuvas para os próximos dias.

Assim, os números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no final do dia, depois do fechamento do pregão, sobre o progresso do plantio americano até este domingo (19) são muito aguardados. Os dados chegam às 17h (horário de Brasília).

Entre as questões políticas e econômicas, o foco permanece sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos e as dificuldades crescentes das negociações entre os dois países.

"A China acusou os Estados Unidos nesta segunda-feira de manterem "expectativas extravagantes" para um acordo comercial, destacando o abismo entre os dois lados no momento em que a ação dos EUA contra a gigante de tecnologia chinesa Huawei começa a afetar o setor de tecnologia global", noticio a Reuters na manhã de hoje.

E veja ainda como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja: Semana de bons negócios no Brasil com prêmios a 110 cents e dólar nos R$ 4,10

Os preços da soja fecharam o pregão desta sexta-feira (17), na Bolsa de Chicago, com mais de 20 pontos de queda. As cotações foram pressionadas por um movimento de realização de lucros e pelas informações de que a China está descartando novas negociações com os EUA no curto prazo diante do que chamou de "imposições" do presidente Donald Trump.

Assim, o vencimento terminou o dia com US$ 8,21 por bushel, com queda de 18 pontos. Em relação à última sexta-feira, porém, a posição tem uma alta de 1,48% Já o agosto, que terminou com US$ 8,28 e perdendo 18,25 pontos, subiu em relação ao dia 10, 1,60%.

Com as baixas em Chicago, os prêmios subiram no Brasil e superaram os 100 pontos, como relatou o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta. Algumas posições chegaram a bater os 110 pontos acima dos valores da CBOT diante, não só do recuo no quadro internacional, mas também da forte demanda pela soja do Brasil.

E não só pelos prêmios, mas os preços da soja no mercado brasileiro foram favorecidos também pelo dólar. A moeda americana voltou a disparar e terminou a sexta-feira nos R$ 4,10, com alta de 1,62%. Na máxima do dia, a divisa bateu nos R$ 4,11 e o fechamento é o mais alto desde 19 de setembro.

O dólar subiu, na semana, 4% frente ao incerto e aquecido cenário político nacional, bem como pela elevada aversão ao risco no internacional, intensificada, principalmente, pelas questões da guerra comercial entre China e Estados Unidos. O sentimento do mercado financeiro global é de que um acordo entre as duas maiores economias esteja cada vez mais distante.

Assim, nos melhores momentos do dia - e da semana -, os preços da soja nos portos brasileiros variaram entre R$ 80,00 e R$ 81,50 por saca e motivaram bons negócios. Ainda como explicou Sousa, os três pés de formação dos preços da soja no mercado brasileiro se mostraram positivos nos últimos dias - já que Chicago caiu, nesta sexta-feira, depois de três dias consecutivos de altas fortes - e criaram um "momento ímpar" para o produtor brasileiro.

Somente na última terça-feira (14), quando os preços dispararam na Bolsa de Chicago e fecharam com ganhos de quase 30 pontos - o Brasil negociou aproximadamente dois milhões de toneladas de soja entre portos e interior.

Para o presidente da AgResource (ARC), Dan Basse, os chineses poderiam esperar os resultados das eleições presidenciais em 2020 para voltar a negociar efetivamente com os EUA, o que amplia ainda mais as oportunidades para a soja brasileira.

"Isso quer dizer que o Brasil pode ser o maior exportador para a China até o começo de 2021", diz. O importante será saber aproveitar as oportunidades que o mercado vai trazer a partir de agora.

CLIMA NOS EUA

Hoje, a pressão das questões políticas voltaram a se intensificar no mercado internacional. O clima adverso no Meio-Oeste americano, no entanto, continua preocupando muito e deve ser fator de suporte para as cotações nos próximos dias.

As previsões continuam a mostrar muitas chuvas para os próximos dias em muitas regiões do Corn Belt onde o plantio já está bastante atrasado e que podem ter os trabalhos ainda interrompidos.

O boletim semanal de acompanhamento de safra que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima segunda-feira, 20, pode trazer números ainda bem distantes do normal para esta época do ano, abaixo dos registros de 2018 e da média dos últimos cinco anos.

Fonte: Notícias Agrícolas

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