Publicado em: 29/08/2019 às 10:30hs
Novas e pequenas altas são registradas pelo mercado da soja na Bolsa de Chicago nesta manhã de quinta-feira (29), dando continuidade ao movimento positivo registrado no pregão anterior. Os futuros da oleaginosa subiam pouco mais de 2 pontos entre os contratos mais negociados, com o novembro valendo US$ 8,68 por bushel. Já o março/20 tinha US$ 8,94.
O mercado segue caminhando de forma bastante lateral, à espera de informações que possam impactá-lo de forma um pouco mais intensa. Enquanto isso, segue se dividindo entre as questões políticas ligadas à guerra comercial e as notícias que chegam da nova safra americana.
O clima no Corn Belt para a conclusão das lavouras também é uma preocupação. "Os mapas, no longo prazo, mostram potencial para uma leve onda de frio, carregando um risco de geada. No entanto, os traders mantêm sua cautela já que estes mapas têm a tendência de mudar e se inverter rapidamente", dizem os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
Nesta quinta também, atenção aos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as exportações semanais de grãos do país. As expectativas para a soja variam de 150 mil a 1 milhão de toneladas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja: Preços nos portos do Brasil sobem mais de 1% nesta 4ª feira com Chicago e prêmios
O mercado da soja fechou o pregão desta quarta-feira (28) com ligeiras altas na Bolsa de Chicago. Os preços se mantiveram estáveis durante todo o dia, mas sempre atuando do lado positivo da tabela, e intensificou seus ganhos no final do dia.
E assim, encerrou os negócios com ganhos de pouco mais de 6 pontos entre os principais vencimentos, com o novembro valendo US$ 8,65 e o março, US$ 8,92 por bushel.
Segundo explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, o mercado internacional da soja se mostra bastante lateralizado neste momento, ainda dividido entre as questoões políticas e àquelas ligadas à nova safra dos Estados Unidos.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos permanece pressionando as cotações, ao lado da falta da demanda pela oleaginosa americana, ao passo em que a quebra da produção dos Estados Unidos - e mais problemas que ainda podem ser registrados - equilibram o mercado, ainda atuando como fator de sustentação para as cotações.
Para Fernandes, os preços têm um suporte importante nos US$ 8,50 por bushel e não há muito espaço para que o mercado teste patamares menores do que este dados os problemas sérios enfrentados pelos produtores norte-americanos com o desenvolvimento de suas lavouras.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, mais uma vez os destaques de preços ficaram sobre os preços praticados nos portos. Em Paranaguá, R$ 89,00 no disponível e R$ 90,00 para setembro, com ganhos respectivos de 1,14% e 1,12%. Em Rio Grande, R$ 87,50 e R$ 88,50, respectivamente, com altas de 0,92% e 1,03%.
No mês de agosto os prêmios da soja ampliaram sua participação na formação do preço da soja de algo entre 8 a 10% para 14% a 15%. A explicação vem do economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais e também pudera!
A posição de entrega agosto registrou do dia 1º ao dia 27 deste mês uma valorização de mais de 55%, passando de 90 cents para US$ 1,40 acima das cotações praticadas na Bolsa de Chicago. No mesmo intervalo, para outubro a alta foi de 42,11%, com o prêmio passando de 95 cents para US$ 1,35. Os valores consideram o porto de Paranaguá.
A concentração da demanda chinesa no Brasil e mais um estreito saldo ainda disponível no país para atender as exportações e a demanda interna criam um cenário bastante consistente e importante de fortalecimento desses valores. E são eles que têm sido um dos principais combustíveis para um bom ritmo dos negócios por aqui.
Fonte: Notícias Agrícolas
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