Publicado em: 14/12/2018 às 11:10hs
O mercado da soja dá continuidade às baixas da última sessão e segue trabalhando em queda nesta sexta-feira (14) na Bolsa de Chicago. Os preços, por volta de 7h55 (horário de Brasília), recuavam entre 5,75 e 6,25 pontos, com o janeiro/19 sendo cotado a US$ 9,01 e o maio/19 valendo US$ 9,27 por bushel.
Segue a pressão da guerra comercial entre China e Estados Unidos. As últimas notícias de que a nação asiática voltou a comprar soja no mercado norte-americano chegaram, porém, sem a força que o mercado esperava e frustraram os traders.
Dessa forma, as cotações corrigem o avanço das últimas sessões - em um movimento que foi iniciado ontem com mais força, com os preços perdendo mais de 10 pontos - e agora espera pelas próximas informações. A disputa, no entanto, permanece como principal fator de atenção dos participantes do mercado neste momento.
As exportações norte-americanas, afinal, continuam apresentando números baixos e que também limitam a retomada das cotações. De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em todo o ano comercial 2018/19 as vendas de soja somam 24.490,7 milhões de toneladas, contra mais de 37,6 milhões do mesmo período do ano anterior.
"Desde o início de setembro (começo do ano comercial 18/19) os estadunidenses venderam apenas 1,5 MT de soja para entrega na China, enquanto que no mesmo período em 2017 já haviam sido contratadas quase 17 MT para o mesmo destino", explicam os consultores da ARC Mercosul em seu boletim diário.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja fecha com mais de 12 pts de queda em Chicago corrigindo altas e com notícias fracas da China
No Brasil, pressão continua com Chicago ainda sentindo o peso da guerra comercial, prêmios mais baixos e dólar ainda volátil. Importante é garantir uma estratégia eficiente de comercialização.
Nesta quinta-feira (13), o mercado da soja começou o dia estável, com pequenas baixas, mas no início da tarde chegou a perder 14 pontos. Essa queda foi amenizada, mas o dia se encerra com dois dígitos negativos na tabela.
Marlos Correa, analista de mercado da Insoy Commodities, aponta que esse movimento era previsível. Houve o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na terça (11) que confirmou altas nos estoques finais da soja norte-americana e da soja mundial, além de um aumento de produção a nível de Brasil.
A China entrar novamente no mercado, entretanto, mantém uma leve reposição, mais altista. Só que hoje a euforia dessa compra já passou, uma vez que "Chicago está cansada de escutar promessas e a questão não se concretiza".
Ainda não dá, entretanto, para definir uma tendência de baixa, embora não tenha nenhum sinal de que o acordo entre Estados Unidos e China vá ser efetivo.
O Brasil pode chegar a uma produção de 130 milhões de toneladas e o mercado não cai porque a demanda sustenta. Assim, o movimento lateral é o que mais pode ser observado por agora.
Há uma pressão dos prêmios internos, mas os preços registrados no interior e nos portos ainda garantem certa margem ao produtor. Correa lembra também que a soja brasileira tem boa qualidade e que o mercado lá fora está de olho nisso também.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias