Soja

Soja segue caminhando de lado em Chicago nesta 4ª feira e atenta ao encontro China x EUA

As cotações subiam, por volta de 8h05 (horário de Brasília), subiam entre 2,25 e 2,75 pontos, com o janeiro/19 valendo US$ 8,80 por bushel


Publicado em: 14/11/2018 às 11:10hs

Soja segue caminhando de lado em Chicago nesta 4ª feira e atenta ao encontro China x EUA

Os preços da soja seguem trabalhando com leves altas na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (14), dando continuidade às pequenas altas observadas ontem. As cotações subiam, por volta de 8h05 (horário de Brasília), subiam entre 2,25 e 2,75 pontos, com o janeiro/19 valendo US$ 8,80 por bushel.

O mercado, porém segue caminhando de lado, diante da falta de novidades que possa movimentar os preços de forma mais substancial. As expectativas maiores seguem sobe o novo encontro do G20 que aconte no fim deste mês.

Donald Trump e Xi Jinping voltam a se encontrar na Argentina para discutir as taxações impostas por ambos em suas exportações de importações e a possibilidade de um acordo chama a atenção dos traders. Já a proximidade do mesmo não parece tão certa.

Atenção ainda ao dólar frente ao real e também aos prêmios pagos pela soja brasileira, que começam a perder força neste momento diante dessa possibilidade de consenso entre chineses e americanos.

"A ARC lembra que a redução dos preços da oleaginosa brasileira disponível para exportação irá elevar o interesse da demanda chinesa, que possui cobertura limitada até meados de dezembro", explicam os analistas de mercado da ARC Mercosul.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Alta do dólar tem efeito limitado e preços da soja no mercado brasileiro tem 3ª feira de estabilidade

O dólar voltou a subir de forma expressiva nesta terça-feira (13) frente ao real e fechou acima dos R$ 3,80, registrando seu maior nível desde o último dia 5 de outubro, ainda assim, o impacto sobre os preços da soja no mercado brasileiro continua sendo limitado. A estabilidade, mais uma vez, marcou o dia para a formação das cotações no país e os negócios continuam bem lentos por aqui.

Nos portos, Paranaguá manteve os R$ 85,00 por saca no disponível, enquanto subiu 1,28% na safra nova, para R$ 79,00. Em Rio Grande, alta de 0,58% no spot e de 0,34% no dezembro, com as últimas referências em R$ 87,00 e R$ 87,80 por saca, respectivamente.

No interior do Brasil, quando todas as praças de comercialização encerraram a terça-feira com valores estáveis, sem qualquer mudança em relação às referências do dia anterior. Algumas exceções ficaram por conta, por exemplo, do Oeste da Bahia, onde o preço subiu 9,52% para R$ 69,00.

Como explicou o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, a comercialização no país segue travada, uma vez que os atuais preços são pouco atrativos e resultam em um falta de interesse por parte dos vendedores, tanto da safra nova, quanto da safra velha.

A alta do dólar, afinal, perde boa parte da força diante de um mercado fraco na Bolsa de Chicago. À espera de novidades, as cotações da oleaginosa no mercado futuro norte-americano seguem pressionadas, caminhando de lado, perdendo um pouco mais a cada dia.

Ao mesmo tempo, os prêmios no mercado brasileiro, como explica Motter, também cederam de forma intensa nos últimos 15 a 20 dias e os preços da soja brasileira sentem mais esssa 'pressão adicional'.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, faltam novidades para motivar uma definição de caminho para os preços e, nesta terça, o fechamentou acabou sendo negativo na Bolsa de Chicago. Os futuros cederam de 4,50 e 5 pontos nos principais contratos, com o janeiro valendo US$ 8,78 e o maio/19 a US$ 9,05 por bushel.

A colheita sendo concluída nos EUA, bem como o desenvolvimento do plantio na América do Sul são fatores de acompanhamento dos traders, bem como a demanda fraca, nesse momento, pela soja norte-americana.

Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgados nesta terça mostram que, na semana encerrada em 8 de novembro, os EUA embarcaram 1.301,775 milhão de toneladas, contra projeções de 900 mil a 1,28 milhão de toneladas.

O volume é ligeiramente maior do que o da semana anterior, e eleva o total acumulado no ano comercial para 9.908,846 milhões de toneladas, contra mais de 17 milhões do ano passado, nesse mesmo período.

Ainda assim, o maior fator de atenção e especulação continua sendo a disputa comercial dos EUA com a China e para o próximo encontro do G20, que acontece na Argentina, no final do mês, e onde se encontram Donald Trump e Xi Jinping para uma nova rodada de discussões.

Fonte: Notícias Agrícolas

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