Nesta sexta-feira, o mercado brasileiro de soja deve ser caracterizado por um volume reduzido de negócios. Após uma semana de perdas, o dólar apresenta uma leve reação, enquanto a Bolsa de Chicago segue volátil, registrando perdas moderadas. Diante desse panorama, espera-se que os preços no Brasil permaneçam praticamente inalterados, o que não deve estimular a atividade dos negociantes.

Na quinta-feira, o mercado continuou sem movimentação significativa, com apenas alguns lotes pontuais sendo negociados nos momentos em que a Bolsa de Chicago apresentava alta. No entanto, os volumes transacionados foram pouco relevantes, resultando em preços nominais nas principais praças de comercialização.

Ainda persiste uma considerável disparidade entre as cotações de compra e venda. A indústria mantém suas ofertas acima da paridade de exportação, enquanto os produtores consideram os preços oferecidos abaixo de suas expectativas. A estratégia dos vendedores tem sido reter os grãos disponíveis.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 133,00 para R$ 131,00. Na região das Missões, o preço recuou de R$ 132,00 para R$ 130,00 a saca. No Porto de Rio Grande, a cotação diminuiu de R$ 138,00 para R$ 137,00.

Em Cascavel (PR), a saca desvalorizou de R$ 133,50 para R$ 132,50, enquanto no porto de Paranaguá (PR), o preço caiu de R$ 139,50 para R$ 138,00. Em Rondonópolis (MT), a saca recuou de R$ 130,00 para R$ 129,00. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 128,00 para R$ 126,00, e em Rio Verde (GO), a saca se estabilizou em R$ 128,00.

No cenário internacional, os contratos de soja com entrega em novembro estão sendo negociados a US$ 10,10 3/4 por bushel, apresentando uma desvalorização de 0,24% em relação ao dia anterior. O mercado se mostra instável, com os contratos inicialmente em alta, mas pressionados pela expectativa de ampla oferta global.

Os preços FOB nos portos brasileiros apresentaram apenas pequenas oscilações, assim como os prêmios de exportação. Na quinta-feira, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registrou volatilidade, com preços apresentando uma leve queda ao final do dia. Os prêmios de exportação para outubro estavam entre +160 e +170 centavos de dólar sobre Chicago no Porto de Paranaguá. Para fevereiro de 2024, os prêmios variaram de +60 a +75 centavos, enquanto para março de 2025, estavam entre +20 e +25 pontos, de acordo com dados da Safras & Mercado.

O preço FOB para fevereiro ficou entre US$ 406,10 e US$ 411,60 a tonelada na quinta-feira, com a cotação anterior variando entre R$ 408,10 e R$ 410,00.

No câmbio, o dólar comercial opera em alta de 0,17%, cotado a R$ 5,4313, enquanto o dólar index (DXY) tem uma leve alta de 0,10%, alcançando 100,72 pontos.

Entre os indicadores financeiros, as principais bolsas asiáticas encerraram o dia em alta, com Xangai apresentando variação de +0,03% e Tóquio +1,53%. Por outro lado, as principais bolsas europeias operam em baixa, com Paris registrando -0,77%, Frankfurt -0,69% e Londres -0,88%. O petróleo também registra queda, com o WTI para outubro recuando 0,41%, cotado a US$ 71,65 o barril.