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Soja recua em Chicago nesta 3ª feira com bom avanço da colheita no Meio-Oeste americano

No pregão desta terça-feira (23), os futuros da oleaginosa recuavam entre 4,25 e 4,50 pontos nos principais vencimentos, com o novembro/18 valendo US$ 8,54 e o maio/19 com US$ 8,95 por bushel, por volta de 7h25 (horário de Brasília)


Publicado em: 23/10/2018 às 10:10hs

Soja recua em Chicago nesta 3ª feira com bom avanço da colheita no Meio-Oeste americano

Os números de evolução da colheita da soja nos Estados Unidos apresentado no fim do dia ontem, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), vieram dentro das expectativas do mercado e, apesar de mostrar um atraso em relação ao ao ano passado e à média dos últimos cinco anos, pesaram sobre as cotações.

No pregão desta terça-feira (23), os futuros da oleaginosa recuavam entre 4,25 e 4,50 pontos nos principais vencimentos, com o novembro/18 valendo US$ 8,54 e o maio/19 com US$ 8,95 por bushel, por volta de 7h25 (horário de Brasília).

Na última semana, a colheita da soja foi de 38% a 53% da área norte-americana, contra 67% de 2017 e 69% da média plurianual. A expectativa do mercado era de 52%.

Com essas baixas, segundo explicam analistas internacionais, os preços da soja marcam suas mínimas em duas semanas na CBOT. No entanto, ainda segundo executivos, o mercado segue na necessidade de um fator mais forte para motivar um caminhar mais intenso das cotações.

E enquanto esse novo motivo não chega, ficam as atenções divididas entre a conclusão da colheita norte-americano - e as condições de clima em que os trabalhos se desenvolvem - a continuidade da guerra comercial entre chineses e americanos e o plantio brasileiro.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja: Preços começam semana em queda no Brasil e safra nova perde os R$ 80 em Paranaguá

"O mercado não tem muito o que fazer nem para cima e nem para baixo", explicou Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, para resumir o andamento dos preços da soja na Bolsa de Chicago. A segunda-feira (22), como explicou o executivo, foi de mercado muito tranquilo, poucos negócios e espera por novidades.

Dessa forma, após caminhar de lado durante todo o dia, as cotações da oleaginosa fecharam o pregão com pequenas altas de 1,75 a 2,25 pontos entre os principais vencimentos. Dessa forma, a posição novembro/18 fechou com US$ 8,58 e o maio/19 com US$ 8,99 por bushel.

As cotações no Brasil cederam nesta segunda-feira em boa parte das principais praças de comercialização do país. Além da pouca movimentação de Chicago, o dólar fechou em queda e ajudou a pressionar os preços no interior e nos portos do país.

Com as baixas, a soja da safra nova chegou a perder os R$ 80,00 por saca e fechou com R$ 79,00 e queda de 1,25% no porto de Paranaguá, enquanto o disponível cedeu 1,66% para R$ 89,00. Em Rio Grande, queda de 0,44% no disponível, para R$ 90,00, e de 0,87%, para R$ 91,00 na referência novembro.

Os negócios, dessa forma, seguem parados no Brasil. Ao lado dos preços em queda, afinal, motivados em sua maior parte pela queda do câmbio, está ainda o tabelamento dos fretes e a insegurança dessa medida afeta tanto compradores, quanto vendedores.

O dólar, nesta segunda-feira, terminou o dia com baixa de 0,74% nesta segunda-feira, para R$ 3,68. O otimismo do mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro continua e permanece como foco dos investidores.

“O maior desafio dessa safra é as negociações, pois tem muitas incertezas. A demanda está forte, mas não estamos conseguindo precificar de forma correta”, relatou o superintendente do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), Daniel Latorraca em entrevista ao Notícias Agrícolas. O estado já comercializou cerca de um terço da nova safra.

Bolsa de Chicago

Os traders se mantêm atentos, enquanto um novo fator não aparece para movimentar as cotações, à evolução da colheita nos EUA e e do plantio no Brasil. O ritmo no Meio-Oeste americano melhorou nos últimos dias com condições mais favoráveis de clima.

No entanto, as preocupações com a qualidade dos grãos norte-americanos em função das adversidades das última semanas no Corn Belt deram, segundo Ben Potter, analista de mercado da Farm Futures, algum suporte aos preços neste início de semana.

E as últimas previsões climáticas mostram que o tempo mais quente nas regiões produtoras americanas devem durar pouco tempo, com as temperaturas mais baixas podendo chegar do meio para o final desta semana. Já as chuvas para os próximos dias, de acordo com o NOAA, o serviço oficial de clima do governo americano, deverão ser de moderada intensidade.

Outro fator de suporte para os preços nesta segunda-feira em Chicago foram os bons números dos embarques semanais trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Na semana encerrada em 18 de outubro, os EUA embarcaram 1.148,566 milhão de toneladas da oleaginosa, contra projeções que variavam de 900 mil a 1,2 milhão de toneladas. O volume é ligeiramente menor do que o da semana anterior, e leva o total acumulado na temporada a 5.936,483 milhões de toneladas, ainda bem abaixo do mesmo período do ano anterior, quando os embarques superavam as 9,8 milhões de toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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