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Soja recua em Chicago nesta 2ª feira e devolve parte dos últimos ganhos fortes

Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações cediam pouco mais de 4 pontos, devolvendo parte das altas registradas na última sexta-feira (15), quando o mercado subiu mais de 10 pontos


Publicado em: 18/03/2019 às 10:30hs

Soja recua em Chicago nesta 2ª feira e devolve parte dos últimos ganhos fortes

Os preços da soja têm leve baixa nesta manhã de segunda-feira (18) na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações cediam pouco mais de 4 pontos, devolvendo parte das altas registradas na última sexta-feira (15), quando o mercado subiu mais de 10 pontos.

Assim, o contrato maio/19 tinha US$ 9,05 por bushel, enquanto o agosto valia US$ 9,24.

Os traders começam a dividir melhor o peso das informações neste momento entre as novas notícias que chegam do cenário EUA x China - e a declaração de Donald Trump de que o mercado conhecerá em 3 ou 4 semanas a atualização das relações dos dois países - e das expectativas e condições para o plantio da nova safra americana.

Inundações continuam a ocorrer em importantes estados produtores dos EUA, impedindo o avanço dos trabalhos de campo em alguns pontos. E as previsões indicam a continuidade das chuvas em excesso ainda durante esta semana.

"O clima nos EUA e a guerra comercial terão um efeito significativo nos mercado, principalmente neste momento em que os produtores começam a ir para o campo", diz a consultoria internacional Allendale, Inc.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja fecha com mais de 10 pts de alta em Chicago com sinalização de acordo China x EUA mais próximo

O mercado da soja fechou o pregão desta sexta-feira (15) com altas de mais de 10 pontos entre os principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago. Segundo analistas e consultores, a proximidade de um acordo entre China e Estados Unidos teria motivado o avanço dos preços neste final de semana.

Embora ainda não haja qualquer confirmação, as sinalizações e, principalmente, os últimos movimentos da nação asiática indicam que os dois países estão, ao menos, tentando dar um fim à essa guerra comercial que já dura mais de um ano.

Assim, os futuros da oleaginosa subiram de 10 a 10,75 pontos, com o maio terminando o dia com US$ 9,09 por bushel, enquanto o agosto foi a US$ 9,28. As cotações trabalharam em campo positivo na CBOT durante quase todo o dia.

O mercado recebeu com otimismo a notícia da compra de carne suína da China nos EUA - de mais de 23 mil toneladas - com os futuros do suíno na CBOT batendo em seu limite de alta e puxando as cotações da soja. A nação asiática comprou também sorgo e há ainda rumores também de aquisições de milho.

Em um cenário em que qualquer novidade é bem vinda, a forte puxada da proteína criou um ambiente favorável para os futuros da oleaginosa.

O início da nova safra americana também começa a chamar atenção, porém, as notícias sobre isso ainda não têm o maior espaço entre o radar dos traders. Há algumas preocupações sobre o clima neste início de nova temporada, mas nada que seja alarmante até este momento.

"A primavera ainda não chegou tecnicamente, e a temporada de plantio de 2019 tem algumas semanas para começar, mas os traders estão observando de perto as cheias nas principais áreas de produção no Meio-Oeste e Planícies nesta semana, estimulando algumas compras técnicas, o que motivaram também as altas dos grãos nesta sexta-feira", diz Ben Potter, analista de mercado do site internacional Farm Futures.

Preços no Brasil

Nesta sexta-feira, os preços da soja fecharam em alta nos portos do Brasil motivados pelo avanço dos futuros em Chicago, e apesar da leve queda registrada pelo dólar. A moeda americana terminou o dia com R$ 3,81 e baixa de 0,08%.

Assim, as referências para a soja nos portos brasileiros subiram pouco mais de 0,6% - tanto no disponível, quanto para o mês sequente - e fecharam com R$ 77,50 e R$ 78,50 em Paranaguá e R$ 76,50 e R$ 77,50 em Rio Grande.

A China negociou cerca de 20 navios de soja com o Brasil esta semana,segundo o diretor do SIMConsult, Liones Severo, e mostra que enquanto não se resolve com os EUA mantém sua demanda focada no mercado brasileiro. Os embarques dos volumes estão previstos para acontecer entre os meses de abril e maio.

No interior, os preços subiram quase que de forma generalizada, com ganhos que chegaram a superar 1% em algumas praças de comercialização, com o mercado obedecendo realidades regionais também para formar os preços. Os indicativos têm variado entre R$ 61,00 e R$ 76,50 por saca nas praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas.

Os produtores brasileiros continuam aproveitando as boas oportunidades trazidas pela dinâmica diferente que se instalou no mercado global da oleaginosa depois de inciado o conflito comercial entre a nação asiática e os EUA.

E, para o diretor do SIMConsult, Liones Severo, o desempenho da estratégia comercial do Brasil, bem como seu protagonismo nas exportações da oleaginosa serão determinantes para o andamento dos preços também na Bolsa de Chicago.

Fonte: Notícias Agrícolas

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