Soja

Soja realiza lucros em Chicago nesta 4ª feira após boas altas da sessão anterior

Perto de 7h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 3,50 e 4,75 pontos, levando o novembro a US$ 9,14 e o maio/20 a US$ 9,45 por bushel


Publicado em: 02/10/2019 às 10:30hs

Soja realiza lucros em Chicago nesta 4ª feira após boas altas da sessão anterior

O mercado da soja realiza lucros na Bolsa de Chicago nesta manhã de quarta-feira (2), depois dos altas observadas na sessão anterior. Perto de 7h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 3,50 e 4,75 pontos, levando o novembro a US$ 9,14 e o maio/20 a US$ 9,45 por bushel.

Os preços foram estimulados ontem pelas notícias de que a China teria comprado cerca de 1 milhão de toneladas da oleaginosa no mercado norte-americano. E apesar das baixas de hoje, os traders ainda parecem carregar certo otimismo em relação à demanda da nação asiática nos EUA.

"A queda parece limitada pelas incertezas climáticas nesta época da colheita no centro-oeste americano e pela expectativa de bom volume de compras de soja americana pela China", explica o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

China compra 1 mi de t de soja nos EUA e puxa forte preços na Bolsa de Chicago

A China comprou um milhão de toneladas de soja nos Estados Unidos nesta terça-feira, 1º de outubro, e puxou os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa terminaram o pregão com bons ganhos que variaram entre 10,25 e 13,50 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro ficou nos 9,19 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,41 por bushel.

De acordo com informações da agência internacional de notícias Bloomberg, empresas chinesas foram ao mercado norte-americano para estas compras depois de o governo de Xi Jinping ter promovido mais algumas insenções de parte de suas tarifas. Foram comprados de 12 a 15 navios com embarques previstos para ainda este ano e alguns programados para janeiro.

Ainda segundo a agência, Pequim trouxe a isenção das tarifas para aproximadamente 2 milhões de toneladas de soja, depois da concessão para outras 2 a 3 milhões na semana passada. E as medidas, ainda de acordo com especialistas internacionais, ajudam a preparar os ânimos para a reunião do alto escalão entre representantes da China e dos EUA na próxima semana.

Mais do que isso, se espera ainda que a notícia favoreça a imagem do presidente Donald Trump junto aos produtores norte-americanos, que vêm sofrendo severos impactos negativos com a ausência da demanda chinesa desde o início da Guerra Comercial.

Segundo explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, ao longo dos dias o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) pode vir confirmando essas compras, mesmo com o volume total sendo divulgado em partes menores. Mais do que isso, Sousa acredita ainda que essa atitude da nação asiática se vale ainda da maior competitividade do produto americano - que está mais barato neste momento - e que pode favorecer, inclusive, mais compras mais adiante.

Se o movimento pode manter o mercado da soja subindo na Bolsa de Chicago, o analista da Labhoro explica que será necessário cruzar essas informações com as condições de clima para o desenvolvimento da colheita da soja nos EUA e com os resultados das próximas reuniões entre chineses e americanos.

ALTAS TAMBÉM NO BRASIL

O mercado da soja também registrou fortes altas no mercado brasileiro nesta terça-feira, motivado pelo avanço considerável na Bolsa de Chicago. No interior do país, as altas chegaram a superar 5%, como foi o caso de Alto Garças, em Mato Grosso, levando a saca a R$ 81,00.

E assim, as referências voltaram a assumir patamares no Brasil que motivam alguns bons negócios por aqui, inclusive da safra nova, ainda como explica Ginaldo de Sousa.

Nos portos nacionais, os preços subiram mais de 1%. Em Paranaguá, são R$ 88,00 por saca no disponível e para março do ano que vem, R$ 86,00. Já em Rio Grande, os indicativos foram a, respectivamente, R$ 88,00 e R$ 86,50 por saca.

Além dos ganhos no mercado internacional, as recentes e consistentes altas do dólar frente ao real também motivam a subida no mercado nacional. A moeda americana fechou o dia com ganho de 0,17% e valendo R$ 4,16.

Fonte: Notícias Agrícolas

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