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Soja realiza lucros em Chicago nesta 3ª feira após máximas em 6 semanas na sessão anterior

As cotações, por volta de 7h45 (horário de Brasília), operavam com baixas de 2,75 a 3,50 pontos, e o novembro/18 valia US$ 8,55 por bushel


Publicado em: 02/10/2018 às 10:30hs

Soja realiza lucros em Chicago nesta 3ª feira após máximas em 6 semanas na sessão anterior

Os preços da soja recuam na Bolsa de Chicago na sessão desta terça-feira (2), devolvendo parte dos bons ganhos registrados no pregão anterior. As cotações, por volta de 7h45 (horário de Brasília), operavam com baixas de 2,75 a 3,50 pontos, e o novembro/18 valia US$ 8,55 por bushel.

"Os traders, durante a noite, já deram início ao 'turn around tuesday' (virada da terça-feira) depois das altas de ontem, realizando lucros depois do rally desta segunda-feira", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.

E a realização de lucros vem depois de os preços terem alcançado suas máximas em seis semanas na CBOT, quando as altas passaram de 1% no fechamento anterior.

O mercado segue atento às condições desfavoráveis de clima nos EUA para o desenvolvimento da colheita - principalmente na metade norte do Corn Belt - à guerra comercila ChinaxEUA e ao desenvolvimento da nova safra do Brasil.

Ainda assim, faltam informações que possam fazer as cotações caminharem a passos mais largos na Bolsa de Chicago, ainda como explicam analistas e consultores de mercado.

De acordo com o último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o país viu a colheita da soja evoluir, na última semana, de 14% para 23% da área. O número ficou acima da média e do mesmo período do ano passado de 20%. O mercado esperava 28%.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja sobe forte em Chicago com clima nos EUA e puxa preços no mercado brasileiro nesta 2ª

Nesta segunda-feira (1), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com altas de 11,50 a 12,25 pontos entre os principais vencimentos, ou mais de 1%. Ao longo do dia, porém, esses avanços foram ainda mais intensos e passaram de 2%.

O vencimento novembro/18 fechou com US$ 8,57 por bushel, enquanto o maio/19 foi a US$ 8,97 por bushel.

Com essas altas e mesmo diante de uma queda do dólar, que levou a moeda americana a R$ 4,01 neste início de semana, mês e trimestre, os preços da soja subiram também no mercado brasileiro.

Somente em Rio Grande, a soja disponível subiu mais de 1% e as cotações variaram entre R$ 95,00 e R$ 97,00 por saca, enquanto o produto spot no terminal de Paranaguá foi a também R$ 97,00, com alta de 1,04%. Para a safra nova, no porto paranaene, o último preço foi de R$ 87,50 e ganho de 0,57%.

Para o mercado brasileiro, as atenções estão voltadas, principalmente, à questão financeira e cambial, uma vez que chegou, enfim, o final de semana das eleições presidenciais. Assim, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, "o dólar pode flutuar mais nesta semana", o que deve deixar os negócios mais escassos.

Mercado Internacional

O mercado ganhou força depois de iniciar o dia trabalhando com estabilidade e na tentativa de recuperação depois das baixas da última sexta-feira (28), quando sentiu a pressão dos estoques trimestrais norte-americanos reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Além disso, as cotações ganham suporte também no cenário adverso de clima para a evolução da colheita nos Estados Unidos, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Há muita chuva nesse momento e não tem condições de colheita na metade norte do cinturão", diz.

Em estados como Iowa, Indiana, Nebraska, pontos de Illinois, os trabalhos de campo já estão paralisados ou acontecendo em ritmo mais lento do que o registrado há alugmas semanas.

Como explica a consultoria internacional AgResource Mercosul (ARC), as projeções climáticas atualizadas no fim da última sexta mostram "um padrão de chuvas constantes e temperaturas mais frias, para os próximos 10 dias, ao centro-norte do Cinturão Agrícola. A cada 2-3 dias, rodadas de precipitações significantes serão presentes nas Planícies e no Cinturão, reduzindo o progresso da colheita, que até o momento seguia em ritmo recorde".

Ainda assim, a consultoria afirma também que tal padrão climático, porém, não deverá trazer prejuízos à saúde, qualidade e produtividade dos grãos no campo, ao menos até estes momento. "A capacidade de colheita norte-americana continua alta com a frota agrícola renovada recentemente, por grande parte dos produtores do país", diz o boletim da ARC.

Fonte: Notícias Agrícolas

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