Soja

Soja opera estável em Chicago nesta 2ª frente à semana cheia de informações

Nesta segunda-feira (7), as cotações recuavam pouco mais de 1 ponto nos principais contratos, com o novembro/19 US$ 9,15 e o março/20 a US$ 9,39 por bushel


Publicado em: 07/10/2019 às 10:50hs

Soja opera estável em Chicago nesta 2ª frente à semana cheia de informações

A semana começa com estabilidade para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (7), as cotações recuavam pouco mais de 1 ponto nos principais contratos, com o novembro/19 US$ 9,15 e o março/20 a US$ 9,39 por bushel.

Os próximos dias serão importantes para este mercado com focos entre as notícias de geopolítica - principalmente às ligadas à guerra comercial - e as questões de clima tanto para o Brasil, quanto para os Estados Unidos.

"Nos EUA, as temperaturas caíram bem e continua o risco de geadas enquanto no Brasil chuvas e períodos de seca, dependendo da região, os quais podem influenciar nesta fase inicial da temporada", explica o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia.

Mais do que isso, o mercado se atenta ainda às especulações sobre a divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira, 10 de outubro.

E é nesse dia também que começa a nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos, pessoalmente, na capital americana.

"Qualquer pressão sazonal maior esta semana tende a ser limitada devido à especulação positiva em relação a estes 2 fatores e o vies é para uma reação nas cotações futuras, especialmente se tiver confirmações de compras novas de soja americana pela China", completa Cachia.

Veja como fechou o mercado na última semana:

Soja: Preços sobem nos portos e Brasil fecha semana de bons negócios

Nesta sexta-feira (4), os preços da soja fecharam o dia com leves altas na Bolsa de Chicago, enquanto no Brasil, o dólar encerrou os negócios marcando sua mínima em seis semanas. E assim, os valores da soja praticados nos portos do país também terminaram a semana registrando leves ganhos.

No porto de Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 87,50 e em Rio Grande, com R$ 86,70, subindo respectivamente 0,57% e 0,58%. Para a safra nova, altas de 0,71% e 0,58%, levando os indicativos a R$ 85,60 no terminal paranaense e a R$ 86,50 no gaúcho.

No interior, a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas fechou o dia em campo negativo, levando os preços em Sorriso/MT, por exemplo, a perderem cerca de 2,86% para R$ 68,00 por saca.

Apesar das baixas pontuais, os negócios continuam a acontecer no Brasil e, de acordo com a agência Safras & Mercado, as vendas da safra nova ganharam um novo e bom ritmo nos últimos dias. São mais de 25% da nova temporada já comercializados. A perspectiva é de que o Brasil colha uma safra recorde de mais de 125 milhões de toneladas.

"Diria que recuperamos o atraso, principalmente pelos preços; em agosto e setembro melhoraram muito por câmbio e prêmios", disse à Reuters o analista Luiz Fernando Roque, da Safras.

BOLSA DE CHICAGO

O mercado atuou com bastante cautela nesta última sessão da semana, mesmo com as boas notícias dos últimos dias, principalmente aquelas ligadas à demanda da China nos EUA. As compras, nas últimas semanas, superaram 3 milhões de toneladas.

Ainda assim, fechou o pregão com pequenas altas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 9,16 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,50 por bushel.

Ainda segundo analistas internacionais, os traders já começam também a se posicionar à espera dos novos números do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da semana que vem.

Na próxima semana, o mercado também acompanha as reuniões dos times de alto escalão da China e dos EUA na capital americana. As delegações voltam a se encontrar para retomar as conversas e negociações em torno da guerra comercial.

Ademais, é mantida ainda a atenção ao andamento da colheita nos EUA e às condições adversas de clima para os trabalhos de campo no Meio-Oeste americano neste momento. Além do quadro climático ruim, as primeiras produtividades que vêm sendo registradas são baixas, como já se esperava.

"A soja e o milho que estão no noroeste do Corn Belt enfrentam uma séria ameaça do tempo muito frio, que prejudica a conclusão da safra. As previsões de geadas para esta sexta-feira se estendem do Noroeste do Kansas ao oeste de Minnesota, de acordo com os modelos climáticos americanos", diz Bryce Knorr, analista sênior do portal Farm Futures. E os modelos europeus confirmaram o frio das últimas 24 horas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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