Publicado em: 03/10/2019 às 11:10hs
O mercado da soja opera com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (3). Os futuros da oleaginosa têm leves baixas e, de acordo com analistas internacionais, os traders esperam pelos números de vendas para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz ainda nesta manhã.
Assim, por volta de 7h (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,25 e 0,50 ponto, com o novembro valendo US$ 9,13 e o maio/20, referência para a safra brasileira, sendo cotado a US$ 9,47 por bushel.
"As expectativas são de que a China continue comprando soja e carne de porco dos EUA, mas os traders querem uma confirmação", explicam os analistas da consultoria americana Allendale, Inc. Assim, o mercado espera por novos anúncios do USDA de mais compras dos chineses, como o de ontem de 464 mil toneladas.
Para as vendas semanais para exportação, as expectativas dos traders variam de 900 mil a 1,4 milhão de toneladas de soja. Os números deverão ser divulgados a partir das 10h (Brasília).
Além disso, os traders também se amntêm atentos às relações entre China e EUA, visto que se encontram as delegações de alto escalão na capital americana na semana que vem. Um acordo final, porém, ainda se mostra distante, conforme acreditam especialistas.
Atenção ainda às condições de clima para o desenvolvimento da colheita nos EUA, que não são favoráveis neste momento, e às baixas produtividades que começam a ser registrada neste início dos trabalhos de campo.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja tem correção em Chicago nesta 4ª feira, mas fundamentos ainda positivos
As cotações da soja fecharam o pregão desta quarta-feira (2) em baixa na Bolsa de Chicago. O mercado corrigiu os ganhos fortes da sessão anterior - de mais de 10 pontos - e terminou o dia perdendo entre 1 e 5,75 pontos nos principais contratos. Assim, o vencimento novembro/19 foi a US$ 9,13 e o março/20 a US$ 9,38 por bushel.
Além da correção, as preocupações com a economia mundial que promoveram um dia negativo para o mercado financeiro e para todos os ativos mais arriscados também pesaram sobre as cotações não só da soja, mas dos grãos na CBOT de uma forma geral.
O mercado conta, no entanto, com alguns bons fundamentos para os preços neste momento, apesar desta correção pontual de hoje, segundo explica o diretor da Price Futures Group, Jack Scoville. E talvez o mais forte deles seja a demanda da China nos EUA.
Nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda para a nação asiática de 464 mil toneladas da commodity da safra 2019/20. Na terça-feira (1), o mercado já trabalhava com rumores de que as últimas compras chinesas nesta semana teriam sido de 1 milhão de toneladas e que o USDA poderia, de fato, ir confirmando-as aos poucos.
Além da demanda, as condições climáticas desfavoráveis para o desenvolvimento da colheita nos EUA também são um fator de preocupação para o mercado, em paralelo com produtividades baixas que começam a ser reportadas.
De acordo com informações do Serviço Nacional do Clima, dos EUA, o mercado se atenta muito às possibilidade das geadas em partes do Corn Belt. Algumas regiões do cinturão já registraram algumas geadas, quando em um ano 'normal' os primeiros eventos começam a acontecer em 15 de outubro.
Ainda segundo Scoville, mercado precisa de mais informações sobre estes dois fundamentos, porém, para consolidar novos ganhos. Mais do que isso, aos poucos traders começam a observar início do plantio no Brasil.
PREÇOS NO BRASIL
No mercado brasileiro, as cotações registraram altas e baixas e com variações bastante expressivas nesta quarta-feira.
Nos portos, estabilidade em Paranaguá, com R$ 88,00 para a soja disponível e R$ 86,00 para março do ano que vem. Já em Rio Grande, R$ 87,70 no spot e R$ 86,40 por saca, respectivamente.
No interior, em algumas praças como Castro, no Paraná, os preços subiram ate 2,38% para R$ 86,00 por saca, com o mesmo acontecendo em Ponta Grossa. Já em Itiquira, em Mato Grosso, baixa de 1,91% para R$ 77,00 por saca.
Fonte: Notícias Agrícolas
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