Publicado em: 15/09/2025 às 11:20hs
Um levantamento do Cepea revelou que o óleo de soja conquistou, na última semana, participação quase igual à do farelo na margem de lucro da indústria de esmagamento, algo inédito no setor. A fatia do óleo atingiu 49% no dia 11 de setembro, enquanto o farelo respondeu por 51%.
Tradicionalmente, o farelo tem maior relevância na composição da margem — em 2023, sua média foi de 62,2%, contra 37,8% do óleo. O movimento atual reflete o avanço da demanda pelo óleo brasileiro, especialmente do setor de biodiesel.
No Brasil, as negociações de soja seguem em compasso de espera, com produtores retraídos e preços estáveis em várias regiões.
Segundo analistas, a boa umidade do solo no Centro-Oeste favorece o avanço do plantio da safra 2025/26, o que sustenta perspectivas otimistas para a nova temporada.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja iniciaram a segunda-feira (15) em baixa, devolvendo parte dos ganhos da última sessão. Por volta de 7h15 (horário de Brasília), o contrato de janeiro/25 era negociado a US$ 10,61 e o de maio/25 a US$ 10,89 por bushel, em queda de pouco mais de 4 pontos.
O movimento foi atribuído à realização de lucros e ao impacto dos fundamentos: a safra norte-americana foi levemente revisada para cima, enquanto as exportações foram reduzidas. Além disso, a ausência da China nas compras de soja dos EUA segue pressionando os preços.
Na sexta-feira (13), a soja havia encerrado a sessão em alta em Chicago, impulsionada pelo relatório WASDE do USDA. O documento trouxe dados mistos: queda na produtividade, aumento no volume final da safra e menor demanda externa, compensada por esmagamento recorde nos Estados Unidos.
No acumulado da semana, a soja subiu 1,90% (19,50 cents/bushel), o farelo avançou 2,5% e o óleo 1,69%, mostrando resiliência mesmo em meio à volatilidade.
Com o início da semeadura no Brasil e boas condições climáticas no Centro-Oeste, há expectativa de produção recorde na safra 2025/26, o que deve manter o país competitivo no mercado internacional. No curto prazo, investidores também acompanham a variação do câmbio, que influencia diretamente as exportações brasileiras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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