Soja

Soja no Brasil: preços estáveis nos portos e leve alta em Chicago diante de reuniões comerciais

A soja apresenta estabilidade nos principais mercados físicos brasileiros e leve valorização nos contratos futuros na Bolsa de Chicago, impulsionada por expectativas de negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e pelo ritmo de moagem recorde nos EUA


Publicado em: 16/10/2025 às 11:00hs

Soja no Brasil: preços estáveis nos portos e leve alta em Chicago diante de reuniões comerciais
Foto: SLC Agrícola
Mercado físico brasileiro mantém estabilidade, com pequenas variações regionais

No Paraná, os preços da soja se mantiveram relativamente estáveis no interior, com pequenas oscilações entre as principais cidades. Em Paranaguá, a saca atingiu R$ 140,19 (+0,46%), enquanto Cascavel registrou R$ 128,72 (+0,04%) e Maringá R$ 129,09 (-0,03%). Ponta Grossa apresentou leve queda de -0,78% com preço FOB de R$ 129,09, enquanto no balcão o preço ficou em R$ 120,00. Pato Branco teve saca cotada a R$ 138,26 (+0,11%).

No Rio Grande do Sul, não houve cotações específicas divulgadas para o dia, mas os preços no porto de pagamento em 15/10 com entrega em outubro foram reportados a R$ 135,00 por saca. No interior, cidades como Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz mantiveram referência de R$ 130,00 por saca, com liquidação prevista para 30/10. Panambi, no entanto, registrou queda para R$ 120,00, indicando maior resistência local ao ritmo comprador. No porto de São Francisco do Sul, Santa Catarina, a soja foi cotada a R$ 138,11 (+0,67%).

No Mato Grosso do Sul, a semeadura da safra avança e os preços apresentaram leves altas: Dourados, Campo Grande e Maracaju registraram R$ 123,44 (+1,31%), Chapadão do Sul R$ 120,41 (+0,08%) e Sidrolândia R$ 123,44 (+1,31%). Já no Mato Grosso, houve uma das maiores valorizações do país, com preço médio de R$ 119,43 (+2,01%), sendo Campo Verde e Primavera do Leste R$ 121,56 (-0,07%), Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso entre R$ 120,19 e R$ 120,19 (+1,14%).

Segundo especialistas, a demanda contínua do setor de proteína animal em Santa Catarina, especialmente aves e suínos, mantém a indústria de processamento ativa, garantindo suporte ao mercado local.

Leve alta na soja em Chicago com atenção a reunião Brasil-EUA

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o dia com pequenas valorizações, refletindo expectativa de avanços nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Por volta das 07h25 (horário de Brasília), os contratos operavam da seguinte forma: janeiro/26 a US$ 10,27 por bushel (+3,25 pontos), março/26 a US$ 10,43 (+3,25 pontos), maio/26 a US$ 10,57 (+3,00 pontos) e julho/26 a US$ 10,68 (+2,50 pontos).

O encontro em Washington entre o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discute tarifas impostas desde 6 de agosto e sanções contra autoridades brasileiras. O mercado acompanha de perto, já que um desfecho positivo pode aliviar tarifas e aumentar a competitividade da soja brasileira no comércio internacional. Por outro lado, se as tarifas forem mantidas, a tendência é de cautela e ajustes negativos nos preços internos.

Além disso, o mercado norte-americano foi impactado pela paralisação parcial do governo dos EUA, que impediu a divulgação de dados importantes sobre vendas de exportação e projeções de oferta e demanda. Mesmo assim, a moagem recorde de setembro, com 5,38 milhões de toneladas processadas, sustenta a valorização da oleaginosa nos contratos futuros.

Outras commodities: milho estabiliza, trigo em queda

Enquanto a soja apresenta leves altas, o milho e o trigo seguem caminhos distintos. O milho em Chicago tenta se estabilizar, com o contrato dezembro/25 em leve alta de 0,25 ponto, cotado a US$ 417,00, sustentado por forte demanda de exportação e restrição de vendas pelos produtores. No Brasil, o contrato novembro/25 caiu 0,29% (R$ 67,51) e julho/26 subiu 0,09% (R$ 69,10).

O trigo, pressionado pela ampla oferta global e competição da Argentina, registrou queda nos contratos de dezembro/25 em Chicago (-2,75 pontos, US$ 496,00 por bushel). No mercado interno, o CEPEA indicou pequenas quedas diárias de 0,03% no Paraná (R$ 1.232,09) e 2,47% no Rio Grande do Sul (R$ 1.123,56), refletindo impacto da nova safra no Hemisfério Sul e menor demanda de importadores.

Fonte: Portal do Agronegócio

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