Publicado em: 16/10/2025 às 11:00hs
No Paraná, os preços da soja se mantiveram relativamente estáveis no interior, com pequenas oscilações entre as principais cidades. Em Paranaguá, a saca atingiu R$ 140,19 (+0,46%), enquanto Cascavel registrou R$ 128,72 (+0,04%) e Maringá R$ 129,09 (-0,03%). Ponta Grossa apresentou leve queda de -0,78% com preço FOB de R$ 129,09, enquanto no balcão o preço ficou em R$ 120,00. Pato Branco teve saca cotada a R$ 138,26 (+0,11%).
No Rio Grande do Sul, não houve cotações específicas divulgadas para o dia, mas os preços no porto de pagamento em 15/10 com entrega em outubro foram reportados a R$ 135,00 por saca. No interior, cidades como Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz mantiveram referência de R$ 130,00 por saca, com liquidação prevista para 30/10. Panambi, no entanto, registrou queda para R$ 120,00, indicando maior resistência local ao ritmo comprador. No porto de São Francisco do Sul, Santa Catarina, a soja foi cotada a R$ 138,11 (+0,67%).
No Mato Grosso do Sul, a semeadura da safra avança e os preços apresentaram leves altas: Dourados, Campo Grande e Maracaju registraram R$ 123,44 (+1,31%), Chapadão do Sul R$ 120,41 (+0,08%) e Sidrolândia R$ 123,44 (+1,31%). Já no Mato Grosso, houve uma das maiores valorizações do país, com preço médio de R$ 119,43 (+2,01%), sendo Campo Verde e Primavera do Leste R$ 121,56 (-0,07%), Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso entre R$ 120,19 e R$ 120,19 (+1,14%).
Segundo especialistas, a demanda contínua do setor de proteína animal em Santa Catarina, especialmente aves e suínos, mantém a indústria de processamento ativa, garantindo suporte ao mercado local.
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o dia com pequenas valorizações, refletindo expectativa de avanços nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Por volta das 07h25 (horário de Brasília), os contratos operavam da seguinte forma: janeiro/26 a US$ 10,27 por bushel (+3,25 pontos), março/26 a US$ 10,43 (+3,25 pontos), maio/26 a US$ 10,57 (+3,00 pontos) e julho/26 a US$ 10,68 (+2,50 pontos).
O encontro em Washington entre o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discute tarifas impostas desde 6 de agosto e sanções contra autoridades brasileiras. O mercado acompanha de perto, já que um desfecho positivo pode aliviar tarifas e aumentar a competitividade da soja brasileira no comércio internacional. Por outro lado, se as tarifas forem mantidas, a tendência é de cautela e ajustes negativos nos preços internos.
Além disso, o mercado norte-americano foi impactado pela paralisação parcial do governo dos EUA, que impediu a divulgação de dados importantes sobre vendas de exportação e projeções de oferta e demanda. Mesmo assim, a moagem recorde de setembro, com 5,38 milhões de toneladas processadas, sustenta a valorização da oleaginosa nos contratos futuros.
Enquanto a soja apresenta leves altas, o milho e o trigo seguem caminhos distintos. O milho em Chicago tenta se estabilizar, com o contrato dezembro/25 em leve alta de 0,25 ponto, cotado a US$ 417,00, sustentado por forte demanda de exportação e restrição de vendas pelos produtores. No Brasil, o contrato novembro/25 caiu 0,29% (R$ 67,51) e julho/26 subiu 0,09% (R$ 69,10).
O trigo, pressionado pela ampla oferta global e competição da Argentina, registrou queda nos contratos de dezembro/25 em Chicago (-2,75 pontos, US$ 496,00 por bushel). No mercado interno, o CEPEA indicou pequenas quedas diárias de 0,03% no Paraná (R$ 1.232,09) e 2,47% no Rio Grande do Sul (R$ 1.123,56), refletindo impacto da nova safra no Hemisfério Sul e menor demanda de importadores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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