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Soja: Mercado volta do feriado trabalhando com leves baixas nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago

No pregão desta terça-fiera (22), por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 2,75 e 3 pontos


Publicado em: 22/01/2019 às 11:30hs

Soja: Mercado volta do feriado trabalhando com leves baixas nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago

Na volta do feriado do dia de Martin Luther King nos Estados Unidos, os futuros da soja retomam os negócios na Bolsa de Chicago operando com leves baixas. No pregão desta terça-fiera (22), por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 2,75 e 3 pontos.

Assim o contrato março/19 tinha US$ 9,14 e o maio vinha sendo cotado a US$ 9,27 por bushel.

O mercado retoma suas atividades na CBOT ainda de olho na paralisação do governo norte-americano, na expectativa do novo encontro entre China e EUA que acontece no final do mês e no avanço da colheita no Brasil, que vem ganhando ritmo nas últimas semanas.

Além disso, os traders se dividem ainda com as informações que chegam da Argentina, com o excesso de chuva comprometendo as lavouras por lá.

"Notícias conflitantes de avanço nas negociações e de discussões estagnadas confundem os traders, que ainda não têm os dados oficiais do USDA de janeiro para se balizar. Enquanto isso, todos à espera de alguma novidade fundamental ou sinal tecnico para escolher direção", explica o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.

Veja como fechou o mercado brasileiro nesta segunda-feira:

Preços da soja no Brasil tem 2ª feira de poucas variações com falta da referência de Chicago

Sem a referência da Bolsa de Chicago, os preços da soja registraram poucas variações no mercado brasileiro nesta segunda-feira (21). Nos EUA, o mercado não funcionou em decorrência do feriado do Dia de Martin Luther King e os negócios serão retomados nesta terça-feira, dia 22.

No interior do Brasil, os destaques deste início de semana ficaram por conta de praças do Paraná, com altas de 0,74% a 1,49% em praças como Ubiratã, Londrina e Cascavel, onde os valores são de R$ 68,00 a R$ 68,50 por saca. Em Pato Branco, são R$ 69,00 e alta de 1,47%.

As cotações no estado paranaense acompanharam a leve valorização do dólar frente ao real nesta segunda. A moeda americana fechou o dia com alta de 0,07% e valendo R$ 3,7587. Apesar de uma sessão de liquidez baixa, com a cautela permeando os negócios diante da presença do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, durante o dia os ganhos foram mais expressivos.

No restante das principais praças de comercialização do Brasil, as referências permaneceram estáveis. Em Mato Grosso, os valores da saca ainda variam entre R$ 58,00 e R$ 67,00 por saca; Mato Grosso do Sul tem algo perto de R$ 63,00 e Goiás, preços próximos de R$ 65,00 por saca na região de Jataí.

Há alguns fatores que ainda mantêm a comercialização da soja se desenvolvendo em um ritmo mais lento no país. A pouca direção das cotações na Bolsa de Chicago - que aguarda, principalmente, uma definição das relações entre China e Estados Unidos - o avanço da colheita no Brasil e o conhecimento do tamanho real da nova safra do Brasil, além da questão do tabelamento dos fretes são alguns deles.

"Os negócios devem continuar pontuais nesta semana porque o mercado espera pela definição da disputa entre EUA e China, onde os chineses querem ver que rumo tomará Chicago para voltar a negociar aqui", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Para o executivo, poucas mudanças deverão ser observadas nestes próximos dias, uma vez que os líderes americanos e chineses voltam a se reunir entre os dias 30 e 31 de janeiro e novidades podem chegar somente após esse novo encontro.

Além disso, ainda como explica Brandalizze, "também segue o impasse entre o Trump e Congresso, que deixa o governo americano engessado e o USDA parado, sem divulgar dados de safra, exportações e outros que norteiam os rumos do mercado de Chicago".

Nos portos, os preços também não tiveram grandes mudanças. Em Santos e Rio Grande, nem mesmo referências foram registradas nesta segunda-feira, enquanto Paranaguá permaneceu estável em R$ 75,20 no disponível e R$ 75,40 para o fevereiro.

O consultor reafirma, portanto, que essa deverá ser uma semana de poucos negócios, com os produtores também mais retraídos, à espera de preços melhores para voltarem a comercializar. Até que isso aconteça, os indicativos devem contar com poucas mudanças e os novos negócios se dando ainda de forma pontual e localizada.

Entretanto, "temos expectativa de que o mercado venha com cotações em crescimento, mesmo sendo período de safra e que o normal seria de baixa", acredita o consultor da Brandalizze Consulting.

Fretes

Na última sexta-feira (18), a nova tabela de fretes foi divulgada pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) trazendo um aumento de 1,54% mo valor mínimo dos serviços. No entanto, o avanço da colheita, o aumento da oferta de grãos e a maior concorrência pelos fretes poderão amenizar o impacto desta alta, segundo explicou em entrevista ao Notícias Agrícolas o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira.

Fonte: Notícias Agrícolas

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