Publicado em: 15/08/2025 às 11:10hs
O mercado da soja no Brasil encerra a semana com ritmo de vendas variado entre os estados, sustentado pela demanda externa — especialmente da China —, enquanto na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços registraram forte volatilidade nos últimos dias. O cenário combina cotações firmes no mercado físico brasileiro, cautela nos negócios e incertezas nas exportações norte-americanas.
No Rio Grande do Sul, a soja apresentou bons volumes de vendas, mas o ritmo para a próxima safra segue moderado, segundo a TF Agroeconômica. No pagamento de 8 de agosto, para entrega até 7 de agosto de 2025, o valor no porto foi de R$ 141,50/saca (-1,05%).
No interior, os preços oscilaram conforme a praça:
A demanda externa, com destaque para as compras chinesas, mantém expectativas positivas. No porto de São Francisco (SC), a soja foi cotada a R$ 141,83/saca (+1,10%).
O Paraná segue com demanda aquecida. Em Paranaguá, o preço foi de R$ 142,12 (-0,62%), enquanto no interior os valores variaram entre R$ 128,75 em Cascavel (+1,08%) e R$ 141,83 em Pato Branco (+1,97%). No balcão, Ponta Grossa registrou R$ 118,00/saca.
Em Mato Grosso do Sul, a valorização da soja e a procura internacional — especialmente da China — mantêm o mercado ativo. As cotações ficaram em R$ 123,45/saca (+1,37%) em Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia, e em R$ 121,89 (+1,03%) em Chapadão do Sul.
No Mato Grosso, as vendas à vista ganharam ritmo, mas a comercialização futura segue lenta. A presença da China nas compras brasileiras favorece o produtor, enquanto oscilações na CBOT e tensões comerciais entre EUA e China influenciam a formação de preços.
Cotações no estado:
Nesta sexta-feira (15), a soja na CBOT operou de forma estável, com ganhos entre 3,25 e 4 pontos nos principais vencimentos. O contrato novembro subiu para US$ 10,32/bushel e o janeiro para US$ 10,51/bushel.
O mercado atua com cautela diante da ausência da China nas compras norte-americanas e de dados de exportação do USDA abaixo das expectativas. Além disso, o órgão reduziu sua projeção para exportações dos EUA na safra 2025/26.
Os operadores monitoram ainda o desenvolvimento da safra americana, o cenário macroeconômico e as tensões geopolíticas. O farelo e o óleo de soja também registraram altas modestas no dia.
Na quinta-feira (14), a soja encerrou em baixa após três sessões de alta. O contrato setembro recuou 1,61%, cotado a US$ 1.007,50/bushel, enquanto o novembro caiu 1,50%, para US$ 1.028,50/bushel.
Segundo a TF Agroeconômica, apesar de vendas acima da média para a nova safra, cancelamentos recentes geram preocupação, principalmente a poucas semanas do fim do ano comercial. O USDA reportou cancelamentos de 377,6 mil toneladas para 2024/25, contra vendas efetivas de 467,8 mil toneladas na semana de 1º a 7 de agosto.
No cenário climático, a previsão de tempo seco na maior parte do cinturão produtor de soja e milho dos EUA limitou quedas maiores, embora a faixa norte da região deva receber alguma umidade.
Fonte: Portal do Agronegócio
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