Publicado em: 26/05/2025 às 10:50hs
Veja os destaques do mercado por estado e como a soja se comportou na Bolsa de Chicago.
Apesar de o lucro atual com a venda da soja ainda ser considerado expressivo — em torno de 26,30% —, a consultoria TF Agroeconômica recomenda prudência na comercialização. Diferentemente de sua postura habitual, a consultoria mudou sua orientação diante dos baixos estoques finais mundiais apontados pelo USDA, indicando que há espaço para valorização tanto na safra atual quanto na próxima.
Entre os fatores que favorecem uma possível alta, estão:
Por outro lado, há elementos que limitam essa valorização:
A orientação da TF Agroeconômica é aguardar a definição do cenário tarifário internacional e o início do consumo interno mais forte no Brasil, esperado para julho. No entanto, o mercado segue altamente volátil e requer acompanhamento constante.
Rio Grande do Sul
O estado registrou prêmios mais firmes nos portos, com negócios limitados pelas incertezas financeiras dos produtores. No porto, a soja foi cotada a R$ 135,80/saca (alta de 2,11%). No interior:
Santa Catarina
A colheita foi finalizada, mas o mercado permanece travado. A queda nos preços internacionais e nos prêmios de exportação dificultam a liquidez. Os valores variam entre R$ 125,00 e R$ 132,50 por saca, com o porto de São Francisco pagando R$ 133,66. A falta de dados atualizados de frete prejudica a análise da rentabilidade.
Paraná
A aproximação do vazio sanitário pressiona os produtores a escoarem rapidamente sua produção.
Mato Grosso do Sul
A venda antecipada pode comprometer a rentabilidade diante da safra histórica.
Mato Grosso
Apesar da colheita recorde, o estado enfrenta problemas com frete e lentidão na comercialização:
Na Bolsa de Chicago, a soja teve queda nesta sexta-feira (23), puxada pela possibilidade de aumento tarifário dos EUA contra a União Europeia, medida defendida por Donald Trump. A medida preocupa, pois os EUA são os maiores fornecedores de soja ao bloco europeu — que, até abril, comprou 5,28 milhões de toneladas da safra 2024/25, ou 52,43% do total exportado.
Fechamentos:
No mercado de derivados:
A queda foi interpretada como realização de lucros, após uma sequência de altas impulsionadas pelo feriado prolongado nos EUA. Apesar do recuo diário, o acumulado da semana foi positivo:
Esses resultados mostram que, mesmo em meio à instabilidade, o mercado ainda é sustentado por fundamentos sólidos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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