Publicado em: 27/06/2019 às 10:50hs
Quinta-feira de estabilidade para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Por voltade 7h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 0,25 e 0,50 ponto nos principais contratos, com o julho cotado a US$ 8,94 e o agosto, US$ 8,99. As posições mais distantes mantinham-se acima dos US$ 9,00 por bushel.
O mercado se prepara para os novos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam na próxima sexta-feira (28) trazendo uma atualização dos estoques trimestrais em 1º de junho e da área de plantio nos EUA.
Segundo as expectativas do mercados, os estoques do começo deste mês poderiam superar o recorde de 1º de junho e ficar acima de 50 milhões de toneladas. A falta de demanda pela soja dos EUA em decorrência da guerra comercial com a China é o principal agravante dessa situação.
E o conflito também está em pauta. No dia 28 começa a nova reunião do G20, no Japão, e as negociações entre chineses e americanos podem ser efetivamente retomadas com um novo encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. Os traders, portanto, esperam as notícias que começam a chegar do evento no final da semana.
E também no centro de atenção do mercado seguem as condições de clima para o Corn Belt e as previsões mostrando uma melhora esperada para os próximos dias, com chuvas menos intensas e temperaturas um pouco mais altas, de acordo com informações de agências internacionais de meteorologia.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja fecha em queda na CBOT à espera do USDA e com clima melhor nos EUA
Nesta quarta-feira (26), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificaram suas baixas e terminaram o dia perdendo entre 8,25 e 9,25 pontos nos principais contratos, com as primeiras posições terminando o dia abaixo dos US$ 9,00 por bushel.
O julho fechou o dia com US$ 8,94 e o agosto, US$ 8,99 por bushel, enquanto o novembro ainda conseguiu se sustentar nos US$ 9,18. Os preços do milho também recuaram neste pregão.
O posicionamento dos traders às espera dos novos boletins que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira leva o mercado a uma realização de lucros depois das altas dos últimos dias. E um dos mais importantes relatórios é o de área de plantio.
De acordo com a avaliação de especialistas, principalmente os internacionais, a expectativa é de que essa seja a maior área sem plantio da história dos EUA. Muitos agricultores afinal, optaram por destinar parte de sua propriedade ao programa de seguro conhecido como Prevent Plant.
No caso da soja se espera uma área de plantio a ser reportada no dia 28 em 34,14 milhões de hectares, enquanto no último dia 10 o USDA trouxe 34,24 milhões e, em março, 34,25 milhões de hectares.
O outro é o boletim de estoques trimestrais nos EUA. Os números em 1º de junho de 2019 podem bater o recorde, que foi registrado na mesma data em 2018, e ficar em 50,65 milhões de toneladas. Há um ano este número era de 33,18 milhões. O intervalo esperado pelo mercado é de 46,27 a 53,4 milhões de toneladas.
Outro fator de pressão sobre as cotações é a ligeira melhora prevista para o clima no Corn Belt nos próximos dias. "Se espera um tempo consideravelmente mais seco nesta próximas semana, o que é bom para a produção de soja e milho dos EUA, porém, não para os preços", diz o analista do portal Farm Futures, Ben Potter.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, o dia foi de baixas nesta quarta-feira, principalmennte nos portos, enquanto a maior parte das praças de comercialização registrou estabilidade no dia. A alta do dólar acabou compensando as baixas em alguns locais.
Em Paranaguá, baixa de 0,61% no disponível e para julho, com preços de R$ 81,50 e R$ 82,00 por saca. Em Rio Grande, perdas respectivas de 0,73% e 0,60%, com R$ 81,70 e R$ 82,30.
Fonte: Notícias Agrícolas
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