Publicado em: 13/08/2025 às 11:40hs
O mercado da soja segue aquecido no Brasil, com exportações em ritmo forte e preços sustentados pelo cenário externo. Em Chicago, as cotações estendem a sequência de ganhos, impulsionadas por expectativas de oferta mais restrita nos Estados Unidos e pela demanda internacional concentrada no Brasil.
No Rio Grande do Sul, a demanda firme elevou as cotações nesta semana. Para pagamento em 8 de agosto, com entrega até 7 de agosto, o preço no porto chegou a R$ 143,00/saca (+2,14%). No interior, os valores variaram conforme a praça: Cruz Alta a R$ 134,00 (+0,76%), Passo Fundo e Ijuí a R$ 133,00 (+0,76%), Santa Rosa/São Luiz a R$ 134,00 (+0,75%) e Panambi mantendo R$ 122,00.
Em Santa Catarina, o mercado manteve estabilidade, com a soja cotada a R$ 138,83/saca no porto de São Francisco. O fluxo de negócios segue constante, mas a capacidade de armazenamento continua sendo um desafio para produtores e tradings.
No Paraná, os preços variaram de forma moderada, refletindo o cenário externo positivo. Em Paranaguá, a saca foi negociada a R$ 143,00 (+1,43%); Cascavel ficou em R$ 127,37 (-0,05%); Maringá em R$ 128,54 (+0,41%); Ponta Grossa em R$ 129,03 (+0,16%); e Pato Branco em R$ 139,09 (+0,04%). No balcão, Ponta Grossa manteve R$ 118,00/saca.
O governo do Mato Grosso do Sul confirmou o calendário de semeadura da safra 2025/26: de 16 de setembro a 31 de dezembro, com vazio sanitário até 15 de setembro. A colheita atual já alcança 42,7% da área cultivada. No mercado spot, os preços ficaram em R$ 121,78/saca em Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia (+0,30%), e R$ 120,65/saca em Chapadão do Sul (+0,63%).
No Mato Grosso, a comercialização da nova safra avança lentamente. A gestão de estoques e fretes é apontada como fundamental para maximizar ganhos diante da perspectiva de menor produção. As cotações foram: Campo Verde (R$ 122,20, -1,21%), Lucas do Rio Verde (R$ 118,10, -0,08%), Nova Mutum (R$ 118,10, +0,45%), Primavera do Leste (R$ 122,20, -1,69%), Rondonópolis (R$ 122,20, -3,02%) e Sorriso (R$ 118,10, +0,43%).
Na manhã desta quarta-feira (13), a soja operava em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), ainda sustentada pelos números divulgados na véspera pelo USDA, que apontaram menor produtividade, produção e estoques finais nos EUA para a safra 2025/26. Às 6h55 (horário de Brasília), os contratos subiam entre 7 e 7,75 pontos, com setembro a US$ 10,20 e novembro a US$ 10,40 por bushel.
O avanço ocorre mesmo sem compras significativas da China, que continua priorizando aquisições no Brasil, mantendo prêmios elevados e fortalecendo a competitividade do produto nacional.
Na terça-feira (12), a soja fechou em alta na CBOT: setembro subiu 2,12% (US$ 21,00 cents/bushel) para US$ 1.012,75, e novembro avançou 2,13% (US$ 21,50 cents/bushel) para US$ 1.032,75. No mercado de derivados, o farelo de soja para setembro teve alta de 0,21% (US$ 281,40/ton curta) e o óleo de soja subiu 0,09% (US$ 53,24/libra-peso).
O relatório do USDA reduziu a previsão de produção americana devido à menor área plantada e colhida, embora a produtividade média tenha sido revisada para cima, amenizando a queda total. Os estoques finais foram estimados em 7,89 milhões de toneladas, abaixo das expectativas do mercado.
Apesar da trégua tarifária prorrogada por mais 90 dias entre EUA e China, Pequim não realizou compras de soja norte-americana para 2025/26 — algo inédito nas últimas duas décadas. A estratégia chinesa de diversificar fornecedores mantém o Brasil como principal destino das importações, sustentando os preços domésticos e gerando boas oportunidades para produtores e exportadores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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