Publicado em: 11/11/2025 às 11:10hs
O mercado físico de soja no Brasil apresenta variações significativas entre estados, refletindo o estágio do plantio e as condições climáticas. No Rio Grande do Sul, as negociações permanecem travadas, com preços pouco definidos. Segundo a TF Agroeconômica, no porto, a saca para pagamento em novembro com entrega em outubro é cotada a R$ 141,00 (-0,70%), enquanto no interior, em cidades como Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa, a referência é de R$ 132,00 (-0,75%), com liquidação prevista para 30/10.
Em Santa Catarina, o mercado está praticamente parado, com foco na preservação de insumos e sementes. No porto de São Francisco, a saca é cotada a R$ 138,86 (-0,32%). Já no Paraná, os preços oscilam conforme a região: Paranaguá a R$ 141,00 (+1,08%), Cascavel a R$ 128,65 (+0,65%), Maringá a R$ 130,70 (+0,58%), Ponta Grossa a R$ 131,85 (+0,09%) e Pato Branco a R$ 138,86 (-0,32%).
O Mato Grosso do Sul registra a comercialização mais lenta do país, com apenas 18% da safra 2025/26 negociada — o menor nível em quatro anos. Os preços variam de R$ 121,01 a R$ 124,40 por saca, dependendo do município. No Mato Grosso, as cotações apresentaram oscilações mais expressivas: Campo Verde e Primavera do Leste a R$ 121,73 (+0,33%), Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso a R$ 117,90 (-1,75%), enquanto Rondonópolis também marca R$ 121,73 (+0,33%).
Na manhã desta terça-feira (11), os preços da soja na Bolsa de Chicago operam estáveis, sem grandes novidades. Por volta das 7h05 (horário de Brasília), o contrato de janeiro estava a US$ 11,29 e o de maio a US$ 11,48 por bushel. O óleo de soja registra alta de 0,8%, enquanto o farelo cede mais de 0,5%.
Os analistas permanecem atentos a três fatores principais: demanda chinesa, competitividade das origens e condições climáticas no Brasil. A Aprosoja Mato Grosso já alertou o Ministério da Agricultura sobre estresse hídrico no estado, que pode reduzir o potencial produtivo da safra. Há relatos de replantio em áreas do Mato Grosso, Paraná e Matopiba, reforçando a preocupação com o clima adverso.
Além disso, o mercado se prepara para o novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA, previsto para 14 de novembro, considerado essencial para orientar os próximos movimentos de preços.
A soja iniciou a semana em recuperação na Bolsa de Chicago, impulsionada pelo otimismo com o possível fim do shutdown nos Estados Unidos, que adiou a divulgação de dados oficiais. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de novembro fechou em US$ 11,16 (+1,29%), e o de janeiro em US$ 11,30 (+1,16%). O farelo de soja para dezembro subiu 0,91% (US$ 320/t), e o óleo de soja avançou 1,81% (US$ 50,58/lb).
A recuperação reflete também a expectativa de menor oferta na safra americana, próximo do fim da colheita, o que tende a sustentar os preços. O volume acumulado de embarques dos EUA, embora tenha crescido 10% na última semana, ainda permanece 42% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Outro ponto de apoio vem da China, que elevou em 5 milhões de toneladas sua projeção de compras de soja para o ano comercial 2025/26, sinalizando demanda robusta e reforçando a confiança no mercado futuro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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