Soja

Soja mantém ganhos e março bate US$ 13,50 em Chicago

O mercado da soja dá continuidade às altas registradas na sessão anterior e opera em campo positivo nesta sexta-feira


Publicado em: 14/02/2014 às 11:10hs

Soja mantém ganhos e março bate US$ 13,50 em Chicago

As posições mais negociadas subiam, no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago,entre 5,25 e 8,25 pontos nos principais vencimentos e o contrato março/14 valia US$ 13,52.

A estreita relação entre a oferta e a demanda, principalmente nos Estados Unidos, tem criado uma sólida base de sustentação para os preços da oleaginosa não só em Chicago, mas também no mercado brasileiro. Há falta de produto norrte-americano e, cada vez mais, os importadores deverão se voltar para a oferta da América do Sul.

O clima muito quente e seco no Brasil, especialmente no Centro-Sul do país, castiga as lavouras de soja e já cria expectativas de uma quebra expressiva na produção, reduzindo ainda mais a disponibilidade da oleaginosa no maior exportador mundial.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha com mais de 20 pts de alta frente à força da demanda

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão regular desta quinta-feira (13) com forte alta. Os primeiros vencimentos - março/14 e maio/14 - encerraram os negócios subindo mais de 20 pontos, com o primeiro fechando o dia a US$ 13,44 por bushel.

"Tecnicamente, com esse fechamento o mercado entre em cenário de sinal amarelo para quem carrega uma posição mais vendida. Há alguns meses, o mercado vinha respeitando o intervalo entre US$ 12,60 e US$ 13,40 para o março. Com esse fechamento, pode ser que esse movimento de alta tenha uma extensão, motivado pelo lado técnico, rompendo resistências importantes", explica o analista de mercado Stefan Tomkiw, da Jefferies Corretora, de Nova York.

A demanda extremamente aquecida e a escassez de soja nos Estados Unidos ainda dá muita força e suporte aos preços da soja no mercado internacional. Como explicou Tomkiw, os ganhos expressivos para os vencimentos de mais curto prazo refletem esse quadro de estoques curtos no país e uma procura que ainda segue bastante intensa pelo produto norte-americano.

As exportações dos Estados Unidos superam as 43 milhões de toneladas frente à projeção do usda/" target="_self">USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 41,1 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, são registrados alguns cancelamentos, principalmente por parte da China, porém, insuficientes para mudar o quadro de firmeza da demanda. "Os cancelamentos não estão vindo em um volume satisfatório para trazer um conforto para o mercado", explicou o analista.

Para Tomkiw, as notícias que chegam do Brasil ao mercado internacional também refletem de forma positiva nas cotações. Os produtores brasileiros têm evitado efetivar vendas de volumes muito grandes, diminuindo a pressão da oferta e, paralelamente, asafra brasileira vem sendo ameaçada pelo quadro desfavorável de clima, com altas temperaturas e falta de chuvas há quase dois meses em muitas regiões.

"O mercado, que não acreditava muito nas perdas, está começando a ver os números brasileiros com um pouco mais de sensibilidade e, automaticamente, já começa a computar um quadro com redução de potencial de exportação do Brasil", explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting. Somente para a China, o consultor acredita que o Brasil deverá aumentar suas vendas para a China em 2 ou 3 milhões de toneladas, totalizando 34 milhões.

Milho: Mercado fecha em campo misto na CBOT; clima seco pode comprometer safrinha brasileira

Por Fernanda Custódio

Nesta quinta-feira (13), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão em campo misto. As primeiras posições da commodity exibiram pequenos de ganhos de 0,50 ponto.

A demanda pelo milho norte-americano permanece aquecida, fator que deu suporte aos preços durante parte da sessão. Entretanto, ao final do pregão as cotações recuaram em um movimento de correção técnica.

De acordo com o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, as primeiras estimativas de plantio da safra norte-americana podem impactar os preços. A expectativa inicial é que os produtores norte-americanos reduzam a área cultivada com o cereal na próxima temporada, dando preferência à soja.

Por outro lado, no Brasil, o clima seco e ausência de chuvas continua atrasando o plantio da safrinha. "Na próxima semana termina o período ideal de plantio e com a semeadura fora dessa janela podemos ter um impacto na oferta, estimada em 42 milhões de toneladas", explica Brandalizze.

Ainda na visão do consultor, caso essa projeção não seja confirmada, poderá impactar o volume disponível para exportação e o setor brasileiro de ração. Enquanto isso, no mercado interno, os preços da saca do cereal apresentaram valorização de R$ 1,00 desde a semana anterior.

"Estamos em plena colheita da safra de verão e as cotações deveriam estar mais baixas, mas vemos preços firmes. Temos mais compradores do que vendedores no mercado. No Porto de Rio Grande, os valores giram em torno de R$ 30,00, em Paranaguá R$ 27,50 e em Santos a R$ 28,00", afirma o consultor.

Fonte: Notícias Agrícolas

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