Publicado em: 09/09/2025 às 11:30hs
O mercado da soja segue estável em parte do Brasil, mas com avanços em regiões específicas, segundo levantamento da TF Agroeconômica.
No Rio Grande do Sul, as cotações para pagamento em setembro registraram alta de 0,57%, chegando a R$ 142,50/saca nos portos. No interior, em praças como Cruz Alta, Passo Fundo e Santa Rosa, os preços ficaram em torno de R$ 135,00/saca para entrega no fim do mês.
Em Santa Catarina, o mercado se mantém firme, sustentado pela indústria local. A safra recorde, estimada em 3,3 milhões de toneladas, reforçou o estado como fornecedor estratégico para o consumo interno. No porto de São Francisco, a soja foi cotada a R$ 142,84/saca.
O Paraná apresentou preços variados: R$ 142,50/saca em Paranaguá (+0,11%), R$ 129,01 em Cascavel (-0,98%), R$ 130,47 em Maringá, R$ 132,26 em Ponta Grossa, e R$ 123,00 em Pato Branco (-0,81%). No balcão, em Ponta Grossa, a saca foi negociada a R$ 118,00.
No Mato Grosso do Sul, a safra recorde, estimada em 14,6 milhões de toneladas, impulsionou os preços internos. Em Dourados e Campo Grande, a saca ficou em R$ 123,51 (+1,61% e +3,64%, respectivamente). Em Chapadão do Sul, a cotação alcançou R$ 125,00 (+2,49%), enquanto Sidrolândia registrou R$ 128,00 (+4,40%).
Já no Mato Grosso, produtores seguem cautelosos com a comercialização da safra futura, diante dos custos de produção e da instabilidade climática. Os preços variaram de R$ 119,80 em Sorriso (+0,42%) a R$ 130,50 em Rondonópolis (+0,38%), com médias entre R$ 120,00 e R$ 125,00/saca em outras regiões.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços da soja iniciaram esta terça-feira (09) com leves ganhos, refletindo principalmente o suporte do mercado de farelo. Por volta das 7h30 (horário de Brasília), o contrato de novembro era negociado a US$ 10,35/bushel, enquanto março marcava US$ 10,69/bushel.
Além do farelo em alta, os traders acompanham os desdobramentos políticos na Argentina, após a derrota de Javier Milei nas eleições provinciais, e aguardam as condições climáticas no Brasil, onde o plantio da safra 2025/26 depende da regularização das chuvas previstas para o fim de setembro.
Outro ponto de atenção é o relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira (12), trazendo novas projeções para a safra norte-americana.
Na sessão anterior, segunda-feira (08), a soja já havia encerrado em alta em Chicago, apoiada por compras técnicas e previsões de clima mais seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O contrato de novembro avançou 0,66%, a US$ 1.033,75/bushel, enquanto janeiro subiu 0,69%, cotado a US$ 1.052,75/bushel.
No mercado de derivados, o farelo de soja para outubro subiu 0,50%, cotado a US$ 281,90/ton curta, e o óleo de soja encerrou em US$ 50,98/libra-peso (+0,33%).
Outro fator de suporte veio da China, que importou em agosto 12,28 milhões de toneladas de soja, um recorde mensal e 5,2% acima de julho. Do total, 86% tiveram origem no Brasil, reforçando a liderança do país no fornecimento global da oleaginosa.
Apesar do cenário positivo, fatores de pressão também pesam sobre o mercado. O início da colheita no sul dos Estados Unidos tende a trazer pressão sazonal, enquanto a ausência de compras chinesas de soja americana neste período, somada às tensões comerciais entre Washington e Pequim, mantém a volatilidade dos preços em alta.
Fonte: Portal do Agronegócio
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