Publicado em: 01/10/2025 às 11:40hs
A soja segue com preços relativamente estáveis em grande parte do Brasil, com ajustes pontuais dependendo da região, enquanto na Bolsa de Chicago (CBOT) os contratos enfrentam pressão de baixa, impactados por expectativas de maior produção nos Estados Unidos e ausência de compras pela China.
Paraná: Os preços da soja seguem firmes, impulsionados pelo alívio nos custos logísticos. Em Paranaguá, a saca chegou a R$ 136,67 (+2,08%), enquanto em Cascavel e Maringá os valores ficaram em R$ 127,67 (+0,63%) e R$ 126,74 (+0,07%), respectivamente. Ponta Grossa registrou R$ 129,10 (+0,02%) por saca FOB, e Pato Branco teve ligeira queda para R$ 134,39 (-0,36%). No balcão, Ponta Grossa manteve R$ 120,00 por saca.
Rio Grande do Sul: O mercado segue estável, com preços de R$ 134,50 no porto para entrega em 15/10 e R$ 130,00 em cidades como Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz. Panambi apresentou R$ 119,00 “preço de pedra”.
Santa Catarina: As cotações se mantêm sem variação, com Rio do Sul cotado a R$ 128,00 e Palma Sola a R$ 120,00. A comercialização segue limitada, preservando volumes da safra anterior em armazenamento adequado. No porto de São Francisco, a saca está a R$ 134,39.
Mato Grosso do Sul: O movimento é moderado, com a comercialização limitada enquanto produtores aguardam melhores prêmios. Os preços variam de R$ 119,95 em Chapadão do Sul a R$ 122,42 em Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia.
Mato Grosso: Lidera a queda de preços no país, com liquidações visando financiar o novo plantio. O alívio nos fretes após a safrinha favorece a entrada de insumos. Campo Verde e Primavera do Leste registram R$ 120,50 (-0,29%), enquanto Lucas do Rio Verde e Sorriso caíram para R$ 115,47 (-1,42%).
Os contratos de soja na Bolsa de Chicago mantêm a tendência de baixa nesta quarta-feira (1), pressionados pela perspectiva de maior produção nos Estados Unidos e pelo fato de a China não comprar soja norte-americana desde maio. Por volta de 7h05 (horário de Brasília), os contratos mais negociados recuavam entre 5 e 5,50 pontos, com o janeiro a US$ 10,14 e maio a US$ 10,44 por bushel.
O cenário é influenciado pelo avanço do plantio no Brasil e pela colheita americana, com oferta crescente nos EUA. O óleo de soja apresenta leve alta, oferecendo algum suporte, enquanto o farelo de soja recua, pressionando os preços do grão.
No fechamento da terça-feira (30), o contrato de novembro recuou 0,87% (8,75 cents/bushel), cotado a US$ 1.001,75. O contrato de janeiro caiu 0,92%, a US$ 1.020,25. O farelo para outubro recuou 0,90%, a US$ 265,7/ton curta, enquanto o óleo caiu 0,49%, a US$ 48,87/libra-peso.
O USDA apontou estoques de 8,60 milhões de toneladas em 1º de setembro, abaixo das estimativas privadas de 8,79 milhões. Apesar disso, a revisão da produção 2024/25 para 119,04 milhões de toneladas, contra 118,84 milhões anteriormente, elevou a percepção de oferta, reforçando a pressão de baixa.
Além disso, a União Europeia importou 2% menos soja desde julho de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado, indicando demanda global mais contida.
Fonte: Portal do Agronegócio
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