Publicado em: 06/05/2025 às 10:45hs
Enquanto milho e trigo registram altas e oferecem suporte às cotações, o óleo de soja continua em queda e exerce pressão sobre os preços do grão. Acompanhe, a seguir, os principais fatores que influenciam o comportamento do mercado neste início de semana.
Por volta das 7h35 (horário de Brasília), os contratos futuros da soja registravam variações discretas, com quedas entre 0,75 e 1,25 ponto. O contrato de julho era cotado a US$ 10,44 por bushel, enquanto o de setembro valia US$ 10,17.
A estabilidade desta terça-feira reflete uma tentativa de recuperação após perdas mais intensas na sessão anterior.
A leve recuperação da soja encontra apoio nas altas registradas pelos mercados de milho e trigo, que voltam a subir nesta terça-feira após fortes quedas no início da semana. As duas commodities são influenciadas, principalmente, pelas valorizações do petróleo, que impulsionam a recuperação de parte das perdas recentes.
O petróleo tipo Brent e o WTI sobem mais de 2% nesta manhã, com o movimento de realização de lucros favorecendo a alta das demais commodities agrícolas.
Apesar da recuperação no milho e no trigo, o óleo de soja continua pressionando os preços do grão. Na sessão anterior, o derivado encerrou com queda superior a 1%, tendência que se mantém no pregão desta terça-feira.
Essa fraqueza no óleo limita os ganhos da soja em grão, uma vez que o produto representa uma importante parte da cadeia de valor da oleaginosa.
Os investidores também acompanham com atenção o ritmo do plantio nos Estados Unidos, que segue avançando em bom ritmo. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o plantio de soja evoluiu de 18% para 30% da área na última semana. O número ficou levemente abaixo da expectativa do mercado, que projetava 31%.
Em comparação com anos anteriores, o ritmo é positivo: no mesmo período do ano passado, 24% da área havia sido plantada, enquanto a média das últimas cinco safras é de 23%.
O USDA informou ainda que 7% das lavouras de soja já germinaram, número que se compara a 8% em 2023 e uma média de 5% nos últimos cinco anos.
Especialistas destacam que o clima continua favorável para os trabalhos de campo, o que deve permitir a conclusão da semeadura dentro de um prazo adequado.
Mesmo diante de um plantio acelerado e clima positivo nos Estados Unidos, os preços da soja mantêm estabilidade na Bolsa de Chicago, sustentados pelas altas no milho, trigo e petróleo. A queda contínua do óleo de soja, no entanto, limita movimentos mais expressivos de recuperação. O cenário segue influenciado por fatores climáticos, macroeconômicos e geopolíticos, exigindo atenção redobrada dos agentes do mercado nos próximos dias.
Fonte: Portal do Agronegócio
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