Publicado em: 22/07/2024 às 11:36hs
Os preços da soja começaram a semana em alta na Bolsa de Chicago, registrando ganhos entre 14 e 19 pontos na manhã desta segunda-feira (22). Às 7h25 (horário de Brasília), o contrato de agosto estava cotado a US$ 11,11 e o de novembro a US$ 10,55 por bushel. Os futuros do grão acompanharam as altas de mais de 2% do farelo, mais de 1% do óleo e do milho, além do avanço do trigo.
O mercado subiu mesmo após a importante notícia do final de semana: o anúncio de Joe Biden desistindo de sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, o que aproximou Donald Trump da Casa Branca. Essa mudança no cenário político gera incertezas sobre a relação comercial entre China e EUA, particularmente no que diz respeito à compra de soja. "Talvez os dois ativos mais sensíveis aos cenários de eleição nos EUA e à relação China-EUA sejam a soja na CBOT e o índice CSI300. A China vai comprar mais ou menos soja no curto prazo devido a esta mudança de cenário?", questionam analistas.
Além das questões políticas, fatores climáticos também estão em evidência, especialmente as condições meteorológicas nos EUA. As previsões indicam a possibilidade de dias mais quentes e secos no Meio-Oeste americano. "O final de semana teve chuvas limitadas ao centro e oeste do Corn Belt, com o lado leste predominantemente seco, mas sem estresse significativo devido à boa reserva hídrica existente em toda a região até o momento", relata Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro. No entanto, as previsões climáticas para os próximos 10 dias, de acordo com o modelo europeu, indicam chuvas muito abaixo do normal para todo o Corn Belt, exceto em Wisconsin, norte de Iowa e Minnesota, que devem receber no máximo 50 mm de chuva durante o período.
Sousa explica que o mercado também observa atentamente o comportamento dos fundos de investimento, que continuam mantendo grandes posições vendidas. "Enfatizamos que, neste momento, não existe nenhum fator fundamental que possa elevar ou reverter os preços na CBOT, exceto uma redução na oferta, já que a demanda se sente muito confortável e é muito inferior à oferta mundial disponível", complementa Sousa.
Fonte: Portal do Agronegócio
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