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Soja inicia junho com leves altas em Chicago nesta 6ª e mantém foco na China e clima nos EUA

As cotações trabalhavam com altas de pouco mais de 4 pontos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), com o mercado se ajustando para começar junho, neste primeiro pregão do novo mês, segundo explicam analistas internacionais


Publicado em: 01/06/2018 às 10:15hs

Soja inicia junho com leves altas em Chicago nesta 6ª e mantém foco na China e clima nos EUA

Após as baixas registradas na sessão anterior, os preços da soja voltam a subir na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (1). As cotações trabalhavam com altas de pouco mais de 4 pontos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), com o mercado se ajustando para começar junho, neste primeiro pregão do novo mês, segundo explicam analistas internacionais.

Apesar desse ajuste e desses ganhos técnicos, o mercado continua atento às negociações entre China e Estados Unidos, bem como a possibilidade de algum progresso entre as conversas que impactam os acordos comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Até que novidades efetivas partam desse quadro, o caminhar dos preços na CBOT deverá ser limitado.

"Apesar do recente cenário otimista criado com promessas de acordos bilaterais que intensificariam o comércio direto entre os estadunidenses e os chineses, a Administração de Trump voltou a ameaçar a imposição tarifária sobre produtos de importação da China, cujo foi um dos estopins para tal embate. Em contrapartida, o Governo chinês retoma o seu posicionamento de retaliação caso qualquer tarifa seja implantada em suas exportações. O Mercado carece de confirmações para adicionar ou retirar o peso deste fator na equação dos preços", dizem os analistas da AgResource Mercosul.

O outro fator que direciona o andamento dos futuros da oleaginosa é o clima no Meio-Oeste americano. Ainda como explica a consultoria americana, as novas lavouras norte-americanas se mostram com bom desenvolvimento, o plantio caminha bem nessa temporada e, até esse momento, não há grandes ameaças.

" No entanto, a chegada de temperaturas mais quentes sobre o Centro-Oeste do país na próxima semana, preocupa os produtores desta região", informa o boletim da ARC.

Ainda nesta quinta, o mercado se atenta também aos números das vendas semanais norte-americanas para exportação que serão divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As expectativas são de 300 mil a 600 mil toneladas para a safra velha e de 350 mil a 750 mil toneladas para a nova.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Disputa comercial dos EUA com chineses tiram suporte de alta da soja em Chicago

A soja caminhava com pequenos ganhos nesta quinta-feira (31) na Bolsa de Chicago (CBOT), mas inverteu as posições ao fechamento, com a pouca disposição do mercado pela pendência comercial dos Estados Unidos com a China.

Entre julho a setembro, de menos 4,4 a menos 3,6 pontos de variação, os contratos ficaram em US$ 10,19 e US$ 10,28, e o agosto em US$ 10,24.

Ao site Agriculture, o analista Jack Scoville argumentou que “a greve dos caminhoneiros no Brasil está em colapso, embora ainda não haja entregas no porto de Santos. As condições das safras norte-americanas são boas, apesar de muita chuva no sudeste e ainda muito seca no Texas. O centro-oeste é bom. O monitor de seca mostrou melhores condições, mas ainda assim a seca está lá fora. Principalmente este é o fim do mês hoje. ”

Portanto, na sua opinião apenas a questão comercial com os chineses prevalecem, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, a caminho da China para reanimais as negociações.

Para Scoville, no entanto, esse não é um fator fundamental, mas apenas um fator para os especuladores “que querem um problema em qualquer lugar”.

Índices dos EUA fecham em queda por novas preocupações de guerra comercial, mas sobem no mês

Os índices acionários dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira após os Estados Unidos decidirem impor tarifas sobre importações de metais de Canadá, México e União Europeia, levando a medidas retaliatórias de alguns de seus parceiros comerciais.

O Dow Jones <.DJI> caiu 1,02 por cento, a 24.415 pontos, o S&P 500 <.SPX> perdeu 0,69 por cento, a 2.705 pontos, e o Nasdaq Composite <.IXIC> recuou 0,27 por cento, a 7.442 pontos.

No mês, no entanto, o S&P 500, Dow e Nasdaq tiveram seus maiores ganhos percentuais desde janeiro. O índice de pequenas empresas Russell 2000 <.RUT>, cujos que integram tendem a ser focados internamente, teve seu maior ganho percentual mensal desde setembro.

Na quinta-feira, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que tarifas de 25 por cento sobre importações de aço e de 10 por cento sobre importações de alumínio de seus aliados entram em vigor na sexta-feira.

O México respondeu anunciando que vai impor medidas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA, inclusive aço.

O Canadá disse que irá impor tarifas em retaliação sobre 12,8 bilhões de dólares em exportações dos EUA e questionar as tarifas de aço e alumínio sob o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) e na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Fonte: Notícias Agrícolas

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