Publicado em: 18/08/2025 às 11:10hs
Apesar das exportações brasileiras de soja seguirem em ritmo recorde, os preços internos enfrentaram limitações na última semana. Segundo o Cepea, o estoque de passagem da safra 2024/25 deve alcançar 3,9 milhões de toneladas, mais de quatro vezes acima do registrado na temporada anterior, o que pressionou as cotações.
O USDA projeta exportações brasileiras em 102,1 milhões de toneladas e esmagamento de 57 milhões entre outubro/24 e setembro/25. Já a Conab estima embarques ainda maiores, de 106,3 milhões de toneladas, e esmagamento de 57,09 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro/25, ambos recordes históricos. Com produção próxima de 170 milhões de toneladas, o Brasil segue como maior produtor global da oleaginosa.
O mercado interno apresentou variações regionais na última semana.
Na manhã desta segunda-feira (18), os contratos da soja iniciaram o pregão em queda, após ganhos consistentes na semana passada. Por volta das 7h25 (horário de Brasília), o contrato de novembro era cotado a US$ 10,38/bushel e o de janeiro a US$ 10,57/bushel, ambos em leve recuo de pouco mais de 4 pontos.
O mercado opera de forma lateral, à espera de novidades sobre a relação comercial entre China e Estados Unidos. Nos EUA, a safra segue em ritmo regular, mas menor do que o esperado inicialmente. O destaque fica para o esmagamento doméstico, que atingiu níveis recordes.
Na sexta-feira (15), os contratos da soja encerraram a sessão em alta, sustentados pela menor área cultivada nos EUA em seis anos e pelo forte ritmo de esmagamento. O contrato de setembro subiu 1,46%, cotado a US$ 1.022,25/bushel, enquanto o de novembro avançou 1,36%, a US$ 1.042,50/bushel.
O relatório WASDE do USDA trouxe um ajuste expressivo, com migração de cerca de 2 milhões de acres do milho para a soja, maior aumento desde 1995. O movimento surpreendeu o mercado e reforçou a tendência altista.
No acumulado da semana, a oleaginosa valorizou 5,63% em Chicago, enquanto o farelo subiu 2,46% e o óleo avançou 0,89%, confirmando um cenário de oferta mais restrita diante de uma demanda ainda aquecida.
Fonte: Portal do Agronegócio
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