Publicado em: 01/09/2025 às 11:30hs
De acordo com levantamentos do Cepea, o ritmo intenso de negociações observado ao longo de agosto desacelerou na reta final do mês. A proximidade da colheita da safra 2025/26 no Hemisfério Norte e a expectativa de avanço no acordo comercial entre Estados Unidos e China reduziram o apetite de compradores estrangeiros pelo grão brasileiro.
Pesquisadores destacam que esse redirecionamento da demanda para os EUA é comum neste período de entressafra. Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real também enfraqueceu a competitividade das exportações nacionais, pressionando as cotações internas.
O comportamento dos preços variou entre os principais estados produtores:
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o mercado foi sustentado pela falta de chuvas no cinturão agrícola norte-americano, fator que pode reduzir a produtividade da safra. O contrato de setembro avançou 0,83%, cotado a US$ 1.036,75 por bushel, enquanto o de novembro subiu 0,62%, a US$ 1.054,50.
Os derivados da oleaginosa tiveram resultados distintos: o farelo recuou 0,94%, a US$ 283,60 por tonelada curta, e o óleo caiu 0,54%, fechando a US$ 51,47 por libra-peso.
Apesar da valorização diária, a semana encerrou com perdas: a soja para novembro recuou 0,38% (-US$ 4,00/bushel), o farelo caiu 1,7% (-US$ 4,9/ton curta) e o óleo recuou 5,9% (-US$ 3,24/libra-peso) nos contratos de outubro.
No acumulado de agosto, no entanto, os resultados foram positivos para o grão e para o farelo: a soja avançou 6,6% (+US$ 65,25/bushel) e o farelo subiu 5,2% (+US$ 13,9/ton curta). Já o óleo acumulou queda de 4,75% (-US$ 2,60/libra-peso).
O cenário de agosto mostra um mercado dividido entre pressões internas e fatores externos de sustentação. No Brasil, câmbio e limitações logísticas devem seguir influenciando as cotações, enquanto no mercado internacional o clima nos Estados Unidos e a evolução da demanda global continuarão ditando o rumo das negociações.
Fonte: Portal do Agronegócio
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