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Soja em Chicago trabalha estável nesta 5ª feira e mercado segue cauteloso à espera de novidades

No pregão desta quinta-feira (4), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha com estabilidade e, por volta de 7h40 (horário de Brasília), testava leves altas entre os contratos mais negociados


Publicado em: 04/10/2018 às 10:30hs

Soja em Chicago trabalha estável nesta 5ª feira e mercado segue cauteloso à espera de novidades

No pregão desta quinta-feira (4), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha com estabilidade e, por volta de 7h40 (horário de Brasília), testava leves altas entre os contratos mais negociados. As cotações subiam 0,25 ponto, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,61 e o maio/19 a US$ 9,02 por bushel.

O mercado continua cauteloso, de olho em seus fundamentos, mas também atento à questão climática nos Estados Unidos. As preocupações com um atraso na colheita no Meio-Oeste americano crescem na medida em que as chuvas intensas continuam chegando à região.

"As previsões atualizadas mostram a continuidade das precipitações e agora já começam a aparecer no mercado também preocupações com a qualidade dos grãos", diz o boletim diário da consultoria internacional Allendale, Inc.

Ainda nesta quinta-feira, os traders dividem suas atenções também com a demanda, uma vez que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de vendas para exportação. As expectativas do mercado variam de 900 mil a 1,5 milhão de toneladas de soja e 200 mil a 500 mil de farelo.

O plantio no Brasil - que se desenvolve muito bem até este momento - também ganha cada vez mais espaço entre os radares dos participantes do mercado. O Paraná, que é o segundo maior produtor de soja do país, tem seu melhor ritmo da história e perto de 30% da área já semeada, sendo favorecido pelas boas condições de clima.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja: Mercado tem correção técnica e fecha 4ª feira com leves baixas na Bolsa de Chicago

O mercado da soja começou o dia trabalhando com leves altas nesta quarta-feira (3), mas reverteu o sinal dos negócios e terminou-o em campo negativo na Bolsa de Chicago. As cotações finalizaram o pregão com pequenas baixas de 3 a 4,50 pontos entre as posições mais negociadas.

As cotações deram início a esse movimento de queda no início da tarde, com uma correção técnica depois das últimas altas. Na sessão anterior, afinal, a oleaginosa marcou suas máximas em cinco semanas. Diante dos ganhos, os fundos investidores acabaram vendendo parte de suas posições, garantindo lucros e se reposicionando para novas informações.

No entanto, ainda como explicam analistas e consultores, o suporte vindo das chuvas excessivas que chegam ao Corn Belt ainda existe e a preocupação com o cenário climático adverso não se dissipou. As previsões atualizadas seguem mostrando a continuidade de precipitações de volumes elevados ainda para as próximas semanas.

Para os próximos 10 dias, os volumes esperados são bastante altos e intensificam a preocupação do mercado também com a qualidade dos grãos, não só de soja, mas também de milho, que ainda estão nos campos norte-americanos.

"A metade norte da região produtora continua apresentando chuva forte e atraso na colheita. E no longo prazo, as previsões não se mostram tão melhores", diz Ted Seifried, chefe da estratégia agrícola da Zaner Group, de Chicago, á Reuters internacional.

Mercado Nacional

No Brasil, mais uma vez, os preços da soja foram pressionados pela queda do dólar. A moeda americana registrou, nesta quarta-feira, sua terceira queda consecutiva, perdeu 1,20% e fechou o dia com R$ 3,8876, seu menor patamar desde o último 14 de agosto.

"O Datafolha confirmou o Ibope e isso está trazendo euforia ao mercado... que já começa a precificar a possibilidade de vitória (de Bolsonaro) no primeiro turno", disse a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte à agência de notícias Reuters.

Nesse ambiente, as cotações no interior cederam mais de 1% e bateram em 2,44%, como foi o caso de Pato Branco, no Paraná, onde a saca de soja ficou em R$ 80,00.

No porto de Rio Grande, a soja disponível caiu 0,21% para fechar em R$ 94,00 por saca, enquanto foi a R$ 95,50 na referência novembro, com queda de 0,52%. Em Paranaguá, o produto disponível e o da safra nova permaneceram estáveis, com R$ 95,00 e R$ 84,00 por saca, respectivamente.

Segundo explicou o consultor de mercado Liones Severo, diretor do SIMConsult, a soja brasileira continuará a ser disputada dada a demanda intensa ocasionada pela falta de um acordo entre China e Estados Unidos.

"Essa disputa é o que forma o preço. O preço é reflexo dessa situação, do encontro do ofertante com o demandante. Tudo o que é produzido é consumido, não há soja em lugar nenhum do mundo", diz.

Fonte: Notícias Agrícolas

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