Publicado em: 10/01/2019 às 11:50hs
O mercado da soja trabalha com estabilidade nesta quinta-feira (10) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa corrigem as boas altas registradas ontem e voltam a esperar por confirmações dos boatos que rondam os negócios no cenário externo.
Assim, por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações trabalhavam com baixas de 0,50 a 1 ponto nos principais contratos, com exceção do janeiro, que perdia 3,50 pontos para ser cotado a US$ 9,11 por bushel. O maio/19, no mesmo momento, tinha US$ 9,36 por bushel.
As atenções do mercado seguem voltadas para a relação comercial entre China e Estados Unidos, bem como a evolução da safra da América do Sul e em quais condições climáticas ocorre.
"As tensões políticas entre EUA e China são reduzidas com promessas de aumento da demanda de produtos agrícolas norte-americanos, na tentativa de reduzir o déficit comercial que favorece o lado asiático. Este “novo capítulo” da retórica de Trump e Jinping coloca dificuldades para que operadores do Mercado adicionem posições de vendas agressivas na CBOT", dizem os analistas de mercado da ARC Mercosul.
No quadro de clima do Brasil, atenção ainda sobre as chuvas que permanecem concentradas no norte e no sul do Brasil, enquanto os volumes ainda são limitados na região central do país, ainda segundo a ARC Mercosul.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja: Possibilidade de acordo entre China e EUA e perdas se agravando no BR dão combustível para novas altas em Chicago
Com consenso entre chineses e americanos, CBOT pode retomar patamar dos US$ 10,00. No Brasil, atenção total aos prêmios, ao câmbio e à estratégia de comercialização para que o produtor possa garantir suas margens de rendimento.
Nesta quarta-feira (09), os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago (CBOT) depois de um leve ajuste na sessão anterior. As altas devem ser de pouco mais de cinco pontos nos principais vencimentos ao final da sessão.
Marlos Correa, analista de mercado da Insoy Commodities, destaca, entretanto, um dos principais problemas que têm afetado o mercado neste momento: a safra na América do Sul - mais especificamente, no oeste do Paraná, onde o analista está localizado.
Cerca de 30% a 40% da soja plantada nessa região foi plantada de forma precoce. A colheita foi antecipada porque, em alguns casos, a soja "morreu" no período inicial de enchimento. Há relatos de rendimentos de 10 a 20 sacas por hectare, o que não paga a colheita.
Contudo, 60% da área está em enchimento de grãos. O nível hídrico ainda não foi generalizado mas, em contrapartida, as temperaturas altas continuam. É preciso que as chuvas sejam um pouco mais assertivas. Ainda assim, Correa aposta que a safra brasileira deve ficar acima dos 119 milhões de toneladas.
Na questão internacional, China e Estados Unidos parecem estar em um cenário favorável para as negociações, trazendo tranquilidade para o mercado. A cotação do dólar, por sua vez, está menos agressiva.
Com a entrada da China enquanto compradora, o mercado ainda tem forças para crescer na CBOT e pode voltar a atingir o patamar dos US$10/bushel caso o cenário descrito continue.
Fonte: Notícias Agrícolas
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