Soja

Soja em Chicago segue com especulação moderada e operando com estabilidade nesta 5ª feira

Por volta de 8h10(horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam pouco mais de 1 ponto, com o novembro/18 valendo US$ 8,49 por bushel


Publicado em: 25/10/2018 às 10:30hs

Soja em Chicago segue com especulação moderada e operando com estabilidade nesta 5ª feira

O momento de calmaria no mercado internacional de grãos continua e, no pregão desta quinta-feira (25), as cotações da soja praticadas na Bolsa de Chicago registravam uma nova manhã de estabilidade. Por volta de 8h10(horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam pouco mais de 1 ponto, com o novembro/18 valendo US$ 8,49 por bushel.

"A especulação tem passado por dias de "banho-maria" com a falta de notícias que poderiam alimentar uma tendência temporária de curto-prazo. No atual momento, o foco do mercado tem sido os resultados de produtividade dos campos estadunidenses e o progresso de plantio no Brasil", explicam os analistas de mercado da AgResource Mercosul (ARC).

Os executivos explicam ainada que há problemas pontuais com a nova safra norte-americana de soja onde, por conta da umidade excessiva, parte das lavouras já estariam com os grãos perdendo peso e qualidade.

Da mesma forma, a semeadura no Brasil evolui de forma também bastante satisfatória, com percalços que também são pontuais. " A equipe de campo da ARC Mercosul e estima que 47,5% da safra de soja brasileira já foi semeada até a atual semana. O ritmo é bem acima dos 32% no mesmo período em 2017; 40,3% em 2016; e 36% de média dos últimos 5 anos", informa a consultoria.

Atenção dos traders também voltada às vendas semanais para exportação dos EUA que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira. As expectativas do mercado apontam para algo entre 300 mil e 700 mil toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja: Mercado passa para o lado negativo e fecha a 4ª feira em queda na Bolsa de Chicago

Os preços da soja fecharam o pregão desta quarta-feira (24) em campo negativo. O mercado iniciou o dia caminhando de lado, atuando com pequenas baixas, mas foi intensificando as perdas e terminou o dia caindo cerca de 7 pontos nos principais vencimentos. Assim, o novembro/18 ficou em US$ 8,50 e o maio/19 foi a US$ 8,90 por bushel.

A quarta-feira (24) foi de estabilidade para os preços da soja formados no Brasil, com oscilações apenas pontuais entre as principais praças de comercialização e pequenas baixas sendo registradas nos portos do país. Enquanto Chicago fechou com pouco mais de 7 pontos de baixas entre os principais contratos, o dólar voltou a subir e terminou o dia com alta de mais de 1,33%.

No interior, as perdas, onde foram registradas, passaram de 1%. As exceções ficaram por conta de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, onde o preço fechou com R$ 78,00 por saca e alta de 1,30%, e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, onde o preço subiu 0,70% para R$ 71,50.

No porto de Rio Grande, queda de 0,67% no disponível, para R$ 89,40 por saca, enquanto o novembro foi a R$ 90,00, com baixa de 0,55%. Em Paranaguá, o spot perdeu 0,56% para fechar em R$ 88,50, enquanto a safra nova manteve os R$ 80,00 por saca, sem variação.

Como explica o consultor de mercado Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, o produtor deve manter-se atento ao andamento dos preços neste momento, uma vez que o dólar poderia ter uma baixa ainda mais intensa com a confirmação de Jair Bolsonaro eleito presidente do Brasil e os prêmios sendo estimulados somente mais adiante.

No caso da pouca soja que ainda há disponível, os melhores momentos de preços já passaram, quando da combinação de dólar e prêmios em alta no mercado nacional. Novas oportunidades poderiam surgir, ainda segundo Cogo, porém, mais limitadas.

Quando se trata da nova safra, porém, o cenário para novos negócios ainda não é o mais adequado.

"As ofertas (de preços) não agradam os vendedores, elas estão em níveis muito abaixo dos oferecidos no mercado spot, e estamos falando de uma queda de prêmio da ordem de US$ 1,50. E com um dólar futuro em um patamar muito mais baixo, resulta em valores para abril/maio de R$ 7,00 a R$ 10,00 mais baixos do que o produtor está vendo no spot hoje", diz.

Bolsa de Chicago

As movimentações seguem técnicas e, mais cedo, não só a soja, mas milho e trigo também registraram pequenas altas com compras por rápidas feitas pelos fundos de investimentos.

"As expectativas de uma grande colheita nos EUA e a falta de novas notícias de suporte estão impedindo quaisquer ganhos substanciais aos preços durante o pregão", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.

Além da grande colheita nos EUA, o mercado também sente a pressão do plantio brasileiro, que registra seu ritmo mais acelerado da história. São mais de 30% da área já semeada no país, de acordo com números da AgRural.

A alta do dólar, que nesta quarta-feira foi generalizada, também pressionou as cotações internacionais,

Fonte: Notícias Agrícolas

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