Publicado em: 08/01/2019 às 11:30hs
Nesta terça-feira (8), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha com estabilidade. Perto de 8h30 (horário de Brasília), as cotações trabalhavam com tímidas oscilações de menos de um ponto entre os principais vencimentos, porém, do lado positivo da tabela.
Assim, o contrato março/19 tinha US$ 9,24 e o maio/19 US$ 9,37 por bushel.
O mercado se ajusta à espera de novidades e após bater nas máximas em três semanas na CBOT, mas ainda assim, recua pela primeira vez após quatro sessões consecutivas. Os traders permanecem atentos às notícias que partem do encontro entre as delegações americana e chinesa que acontece nesta semana em Pequim.
"Fontes chinesas da ARC já nos informaram que discussões iniciais entre os representantes de cada Governo apresentam sinais de que ambos os lados pretendem achar um consenso para o fim da Guerra Comercial", diz o boletim da ARC Mercosul.
Ao mesmo tempo, o mercado especula sobre todas as questões ao redor da nova safra brasileira. Em função do clima adverso, as perdas continuam se intensificando e chamando a atenção dos participantes em Chicago. As situações mais graves ainda são as do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
No entanto, o quadro se agrava no Centro-Oeste e no Matopiba e também começam a ganhar mais espaço entre as notícias no cenário internacional.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Soja em Chicago mantém foco sobre seca no Brasil e China e fecha 2ª feira com estabilidade
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão desta segunda-feira (7) com estabilidade. Os principais contratos encerraram o dia com leves ganhos, de pouco mais de 2 pontos. Assim, o janeiro ficou com US$ 9,12, enquanto o maio/19 foi a US$ 9,37 por bushel.
O mercado continua a subir se focando na combinação seca no Brasil mais negociações entre China e Estados Unidos. As reuniões presenciais entre líderes dos dois países foram iniciadas nesta semana e caminham bem. As expectativas do mercado são bastante positivas até este momento.
A commodity subiu pela quarta sessão consecutiva em Chicago, fortalecendo as especulações de que, além das negociações, a nação asiática estaria, de fato, fazendo novas compras de soja no mercado norte-americano. Rumores dão conta de que pelo menos três cargos de soja foram comprados pelos chineses nesta segunda nos EUA, de acordo com uma notícia da Reuters.
Ao mesmo tempo, com adversidades climáticas ainda bastante sérias, as perdas nas lavouras de soja Brasil a fora se intensificam.
A irregularidade da nova safra brasileira continua preocupando os produtores tanto onde as perdas já são consolidadas e onde podem se agravar em função das adversidades climáticas. A pior situação ainda é observada no Paraná, mas áreas do Centro-Oeste e do Matopiba já começam a registrar preocupações cada vez mais sérias.
No Matopiba, o temor de um período de veranico ronda os agricultores. No Oeste da Bahia, por exemplo, principal região produtora do estado, as chuvas continuam chegando de forma mal distribuída, com volumes limitados e tiram a produtividade das lavouras de soja.
Enquanto isso, os próximos dias serão de chuvas ainda limitadas em toda a região do Brasil central, pelo menos até 23 de janeiro. Nesse cenário, Paraná e o Mato Grosso do Sul deverão receber menos volumes, com má distribuição pelas próximas duas semanas.
Mercado Brasileiro
No mercado brasileiro, ainda falta consenso para os preços.
Nesta segunda-feira, os preços recuaram em Paranaguá, perdendo 0,77% no disponível, para R$ 77,10 por saca, e 0,52% no fevereiro, onde fechou com R$ 76,90. Em contrapartida, as referências em Rio Grande subiram 0,26% e 0,39%, respectivamente, para R$ 78,00 e R$ 77,80 por saca.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias