Publicado em: 02/10/2024 às 10:30hs
Os preços da soja registram alta nesta quarta-feira (2) na Bolsa de Chicago, impulsionados pelo cenário internacional e pela elevação dos preços do petróleo. Por volta das 6h15 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa subiam entre 4,50 e 5 pontos nos principais contratos, com o vencimento de novembro a US$ 10,61 e o de maio a US$ 11,07 por bushel. Essa tendência de valorização dos futuros de soja segue o movimento positivo observado no milho, trigo e óleo de soja, que se beneficiam da expressiva alta do petróleo.
A semana tem sido marcada pela intensificação dos conflitos no Oriente Médio, com o agravamento da crise após um ataque do Irã a Israel, utilizando mais de 200 mísseis, como retaliação à morte de dois líderes do Hezbollah. Em resposta, Israel prometeu represálias, com o apoio dos Estados Unidos, enquanto o Irã alertou os norte-americanos para não intervirem no conflito. Além disso, novos bombardeios foram anunciados contra alvos do Hezbollah em Beirute, Líbano.
Com a principal região produtora de petróleo sob grave ameaça, os mercados reagiram prontamente. Na manhã desta quarta-feira, os preços do petróleo Brent e WTI subiam cerca de 3%, com o barril de Brent, na Bolsa de Londres, cotado a US$ 71,87.
Entre as commodities agrícolas, os ganhos mais expressivos foram observados nos grãos, dada a importância do Oriente Médio para o comércio de milho, trigo e seus derivados, além da relevância da região como rota de fluxo comercial. O óleo de soja, por exemplo, registrava alta de mais de 2% na CBOT. Outros mercados, como o de açúcar e algodão, também sentiram o impacto da alta do petróleo, operando no campo positivo, assim como o café na Bolsa de Nova York.
Apesar do cenário global incerto, com os mercados monitorando de perto os desdobramentos do conflito e o aumento do prêmio de risco no mercado de petróleo, o fator central para o mercado de soja é o clima no Brasil. As previsões climáticas indicam uma melhora nas condições, com a chegada de chuvas significativas apenas na segunda metade de outubro, o que vem sendo confirmado por diferentes modelos meteorológicos. Enquanto isso, os produtores aguardam a confirmação das chuvas para avançar no plantio da safra 2024/25.
Fonte: Portal do Agronegócio
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