Soja

Soja corrige últimas altas e opera com leve recuo na Bolsa de Chicago nesta 2ª

Por volta de 8h10 (horário de Brasília), os preços cediam entre 0,25 e 0,50 nos principais contratos, com o março/19 valendo US$ 9,17 e o maio/19 tinha US$ 9,31 por bushel


Publicado em: 04/02/2019 às 11:50hs

Soja corrige últimas altas e opera com leve recuo na Bolsa de Chicago nesta 2ª

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leve queda nesta manhã de segunda-feira (4). As cotações passavam por um movimento de realização de lucros após alcançarem, na última sexta-feira (1), os mais elevados patamares em mais de seis meses.

Assim, por volta de 8h10 (horário de Brasília), os preços cediam entre 0,25 e 0,50 nos principais contratos, com o março/19 valendo US$ 9,17 e o maio/19 tinha US$ 9,31 por bushel.

O mercado vinha subindo em decorrência dos bons resultados das últimas reuniões entre China e Estados Unidos e depois do presidente americano Donald Trump ter anunciado que a nação asiática copmprará, ao menos, mais 5 milhões de toneladas de soja em seu país.

Tal volume será diluído nas próximas semanas, mas já é uma boa sinalização de que a relação entre chineses e americanos começa a melhorar. No entanto, o mercado começa a semana esperando por mais detalhes do que pode vir adiante e opera com cautela nesta manhã de hoje, como vem fazendo há meses.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

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Os preços da soja tiveram uma sexta-feira (1) de volatilidade na Bolsa de Chicago. As cotações começaram o dia com bons ganhos, que em determinado momento do dia chegaram a subir mais de 14 pontos nos principais vencimentos, porém, terminaram os negócios com pequenos ganhos de pouco mais de 2 pontos.

As cotações fecharam com o março/19 valendo US$ 9,17 por bushel, depois de se aproximarem dos US$ 9,30, e com US$ 9,31 no maio/19, que ultrapassou os US$ 9,40 ao longo do dia.

O mercado se animou com as declarações do presidente Donald Trump de que a China irá comprar mais soja dos Estados Unidos, depois das reuniões relalizadas entre delegações dos dois países durante esta semana. O volume esperado é de até 5 milhões de toneladas.

"Essa seria a segunda fase das compras de soja americana e temos visto realmente que a China tem embarcado bons volumes nos EUA novamente, mas agora, traders já confirmaram que a China comprou 1 milhão de toneladas. E isso pode mostrar que a China pode adotar uma postura de diluir (as compras) para vários meses, inclusive para meses no segundo semestre. E isso não surtiria efeito no curto prazo como aconteceu entre dezembro e janeiro", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.

Essa constatação aliada a um movimento um pouco mais intenso de vendas por parte dos produtores americanos, ao passo em que as cotações na CBOT bateram nas máximas do ano, provocaram, portanto, esse movimento de realização de lucros para os futuros da oleaginosa.

Além disso, apesar dessas boas notícias, ainda não há a confirmação de um acordo entre China e Estados Unidos sendo desenhado depois desse encontro dos dias 30 e 31 últimos, o que ajuda a manter a incerteza e, consequentemente, a cautela no mercado internacional.

"Ainda não há nenhum acordo entre os EUA e a China sendo talhado, contudo as vendas norte-americanas apresentam um sinal sólido na direção de um fim da Guerra Comercial", explicam os analistas de mercado da ARC Mercosul.

Mercado Brasileiro

No mercado brasileiro, a sexta-feira foi positiva para várias praças de comercialização do interior do Brasil. Somente em Luís Eduardo Magalhães, o preço subiu 3,17% para fechar com R$ 65,00 por saca.

Nos portos, porém, os preços se mantiveram estáveis nesta sexta-feira. Em Paranaguá, R$ 76,00 por saca no disponível e R$ 77,00 para março. Já no terminal de Rio Grande, o spot fechou com R$ 74,50, e a referência fevereiro foi a R$ 75,00.

O câmbio mais baixo dos últimos dias limita um avanço mais significativo dos preços da soja no mercado nacional, bem como os prêmios ainda em patamares bem menores do que os observados há alguns meses. Nas últimas duas semanas, os patamares até melhoraram, porém, os ganhos ainda foram insuficientes.

"Tivemos, nessas últimas duas semanas, uma forte recuperação dos prêmios, mas não foi um movimento que deu valorização para a soja porque há 15 dias vimos os prêmios nos menores níveis desde 2014, foram negociados a apenas 10 centavos acima de Chicago", diz Vanin. "De lá pra cá temos visto uma valorização porque os produtores não estão vendendo, não estão aceitando por conta da quebra de safra, do aumento dos custos. Então, eles devem entregar aos poucos seus compromissos e depois vai acabar segurando (as vendas) um pouco mais", completa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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