Por volta das 8h10(Brasília) os contratos com vencimento em Julho/2014 trabalhavam a US$14,54/bushel , queda de 5,5 pontos . Agosto/2014 recuava 3,75 pontos cotado a US$14,00/bushel e Novembro/2014 recuava 1,5 ponto negociado a US$12,23/bushel. Mas apesar do recuo, os preços no pregão eletônico já são melhores que os registrados na madrugada. No pior momento das negociações o Julho/2014 foi negociado a 14,51/bushel e o Agosto/2014 chegou a US$13,98/bushel o que mostra uma leve recuperação dos preços, apesar de ainda trabalharem no vermelho.

Na última terça-feira (06) os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago fecharam com cotações em queda. As especulações de que os Estados Unidos deverão aumentar as importações, principalmente do Brasil, colocaram as cotações nos menores níveis em cinco semanas.

Outro fator que teria ajudado a pressionar o mercado foi a previsão de clima favorável ao avanço do plantio da nova safra americana. Conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último dia 4 de maio, a semeadura da soja alcançou 5% da área estimada.Na semana anterior, o número era de 3%. Já no mesmo período do ano passado, o percentual cultivado era de 2%.

Ainda nesta última terça-feira, a agência de notícias Bloomberg informou que as especulações sobre o relatório de oferta e demanda dos EUA, que será divulgado no dia 9 de maio, pode trazer um aumento na produção global e nos estoques o que também exerceu pressão negativa nas cotações da soja. A expectativa é que os estoques mundiais da oleaginosa alcancem 79,68 milhões de toneladas. No último relatório, em abril, o departamento norte-americano reportou os estoques mundiais em 69,42 milhões de toneladas. Já a produção global foi estimada em 284,05 milhões de toneladas.

Para o consultor de mercado da SIMConsult, Liones Severo,os preços da soja estão em queda nos últimos dias em Chicago estimulados por um movimento financeiro mas ainda assim tendem a se manter acima dos US$14,50/bushel . Segundo Severo, dois fatores fariam a soja trabalhar abaixo desses patamares no curto prazo: o primeiro , uma reposição da oferta do grão no mercado norte-americano, mas isso só poderá acontecer com a entrada da nova safra, a partir de setembro. O segundo fator seria um incremento das importações da soja brasileira, que o consultor também considera pouco provável de acontecer por uma questão logística e pelo quadro de pouca oferta de soja brasileira. "Tem três navios que já saíram daqui (Brasil) na segunda quinzena de abril e outros três que vão sair na segunda quinzena de maio, chegando nos EUA só no final de junho. Além desses navios, não têm mais nenhum nomeado para carregar soja dos portos brasileiros para os EUA. Venceu o prazo deles para importar um grande volume de soja brasileira."